Desaparecimento de R$ 60 mil do gabinete em 2022 é foco de processante contra Mineiro

Destino do valor em dinheiro segue sendo investigado pela Polícia Civil; prefeito afirma que abertura de processante é “politicagem” para afetar sua gestão

Mineiro é recebido por vereadores na Câmara de Cachoeira em 2023; novo ano começa com primeira CEI (Foto: Thales Siqueira)

Thales Siqueira
Cachoeira Paulista

Após o recesso parlamentar, a Câmara de Cachoeira Paulista retomou às sessões ordinárias no último dia 23 já com uma “pauta bomba”. A primeira votação do ano foi marcada pelo pedido de abertura de uma processante contra o prefeito Antônio Carlos Mineiro (MDB) com foco na denúncia de desaparecimento de R$ 60 mil do gabinete do Executivo, no primeiro ano do atual mandato.

A pauta com o novo embate entre os vereadores e o chefe do Executivo foca o pedido feito pelo empresário Rodolfo Fernando Ribeiro pela prática de “infração político-administrativa” no caso do sumiço do dinheiro. O autor é o mesmo que pediu, no ano passado, a abertura de uma CEI (Comissão Especial de Inquérito) contra Mineiro no caso da reconstrução da ponte da Turma 26, que caiu em janeiro de 2023 após o município ser atingido por uma forte chuva.

Segundo o denunciante, os mais de R$ 60 mil foram colocados na gaveta do prefeito em 14 de janeiro de 2022, foram vistos no local no dia 28 do mesmo mês, e, no dia 9 de fevereiro, teria se constatado a subtração do montante. “O valor permaneceu sob a guarda do prefeito por pelo menos 15 dias. Não parece minimamente correto que o gestor máximo municipal mantenha guardado em suas gavetas dinheiro do contribuinte cachoeirense (trecho da denúncia)”.

O pedido para a abertura da processante foi para votação. A vereadora Ângela Protetora (MDB) foi o único voto contrário. A Comissão Processante foi formada por Rogéria Lucas (Podemos) como presidente, Agenor do Todico (PL) como relator e Max Barros (União) como membro.

A reportagem do Jornal Atos entrou em contato com Mineiro para saber quais serão os seus próximos passos após a abertura da CEI. O chefe do Executivo afirmou que está aguardando o regular trâmite da processante. “Vamos responder com tranquilidade, pois (na época) eu mesmo acionei a polícia quando soube do furto. É sabido por todos que ocorreu um crime, e a competência para investigação é da Polícia Civil, destacou o prefeito. “Contudo, acho muito viável qualquer ação de investigação visando a integridade pública e que a administração cumpra com seu principal objetivo, que é entregar os resultados esperados pela sociedade de forma adequada, imparcial e eficiente”.

Para Mineiro, a processante é mais um episódio de “politicagem” para afetar sua gestão. “Vejo isso como uma ação articulada de um grupo político de oposição visando desgastar e atrapalhar o andamento da administração da cidade”.

O chefe do Executivo destacou ainda que no dia 30 de agosto de 2023 recebeu uma denúncia fundamentada sobre a possível autoria do furto, e que ele levou essas informações para a Delegacia de Polícia do município. “A Polícia segue com o trabalho investigativo sobre esta pessoa denunciada. O processo de investigação segue o curso e dependemos da conclusão da Polícia”.

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