Câmara de Cachoeira aprova e Executivo cria três secretarias

Vereadores de base defendem projeto de Mota e critica decisão de oposição, que aponta medida como desnecessária

O prefeito Edson Mota, que passou o projeto de secretarias pela Câmara (Foto: Arquivo Atos)

Jéssica Dias
Cachoeira Paulista

A Câmara de Cachoeira Paulista aprovou na última quarta-feira, em sessão extraordinária, um projeto do Executivo que cria as secretarias da Fazenda, Administração e Planejamento. A proposta gerou polêmica e debate entre os parlamentares de base e oposição, além de crítica entre os moradores.

O projeto encaminhado no final do ano passado para a Câmara só entrou para discussão na última semana. Com a criação das secretarias, serão criados 44 cargos. Na cidade, críticos ao governo de Edson Mota (PL) questionaram o planejamento, destacando que governistas frisaram a necessidade de contenção de gastos.

O vereador de base, Breno Anaya (PSC), favorável ao projeto, questionou as notícias publicadas em redes sociais, que segundo ele foram “deturpadas por pessoas que querem pregar o caos na cidade”. “Quero deixar bem claro. Se está criando vagas, estão criando três, não estão criando vários do jeito que foi divulgado na internet. Não é possível que três cargos a mais se paguem mais R$ 3 milhões do jeito que foi pregado nas redes sociais. É uma mentira”.

O parlamentar afrontou a oposição. “Está tendo a criação de três secretarias, tendo em vista que uma foi desmembrada. Se a oposição acha que está mal administrada a Prefeitura, porque não ter uma secretaria de Administração? Se a oposição acha que está sem planejamento agora vai ter secretaria pra planejar melhor. E também a secretaria da Fazenda, que eu acho muito útil, é uma secretaria que vai arrecadar e aumentar a receita do município”.

Anaya concluiu a fala na tribuna dizendo que o projeto não tem nada a ver com politicagem. “Nós da Comissão de Finança e Orçamento tivemos o cuidado de fazer uma emenda tirando seis cargos de confiança que poderia ser criado. O que me espanta é todos não serem unanimes a esse projeto que também extingue 116 cargos do Executivo”.

O vereador Thales Satim (PSC) foi contrário ao projeto e rebateu as críticas da base, justificando a decisão. “O meu posicionamento é contrário, tendo em vista a decisão judicial em trâmite. Acho que a Câmara tem o dever de votar todos os cargos e projetos do Executivo. É um poder discricionário dessa Câmara, mas se judicializou (tornar judicial). Então, tendo em vista que esses cargos que estão sendo extintos, eles já estão suspensos pelo poder judiciário eu sou contrário. Pelo projeto ser obscuro, eu voto contrário e também contrário à emenda”.

Foram favoráveis ao projeto Aldeci Baianinho (PSC), Breno Anaya (PSC), Max Barros (DEM), Dimas Barbosa (PTB), Vica Ligabo (PTB), Agenor do Todico (PSDB) e Carlinhos da Saúde (PSD). Os contrários à criação das secretarias são Rodolpho Veterinário (REDE), Tião do Marly (PL), Dadá Diogo (PODE) e Thales Satim (PSC).

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