Cachoeira avança com Cidade Legal e moradores pedem melhorias aos bairros
Empresa faz novo levantamento topográfico enquanto população reivindica serviços de manutenção
Rafaela Lourenço
Cachoeira Paulista
A Prefeitura de Cachoeira Paulista acrescentou dois novos núcleos ao programa de regularização fundiária do Governo do Estado, o Cidade Legal. Mais de duzentas famílias devem ser beneficiadas, mas moradores ainda questionam a falta de atenção a bairros cadastrados no programa.
A cidade conta com mais de vinte núcleos para regularização e desde 2012 segue com as etapas do Cidade Legal. Segundo a Prefeitura, o Alto da Bela Vista já está concluído. Além de bairros como Várzea dos Cunhas e Quilombo, que seguem para a etapa final, partes do Chácara do Moinho e Vila Carmem foram recentemente aprovadas pelo governo.
Segundo a técnica de edificações, Alcineide da Costa, o levantamento topográfico das duas áreas foi realizado no último final de semana. Somadas cerca de 120 famílias devem ser beneficiadas com a documentação. Ao todo, após a conclusão dos outros núcleos que incluem vias do São João, mais de quatrocentas pessoas receberão as escrituras gratuitamente. Ainda não há uma data definida para conclusão dos serviços, mas a Prefeitura pretende regularizar os núcleos mais avançados até o final deste ano.
Mas a titularidade das casas não é o único problema enfrentado, como ressaltou a dona de casa Sandra Ribeiro de 46 anos, que mora no Vila Carmem há 15 e apelou ao prefeito Antonio Mineiro (MDB) a poda de árvores e a troca dos postes de iluminação, ainda de madeira. “Precisa vir cortar a árvore ali que a gente está correndo risco, o poste também, porque ainda é de madeira e quando chove forte ele balança. Perigoso cair nas nossas casas”.
Sandra pediu ainda mais atenção para o Centro Comunitário desativado do bairro, que segundo ela poderia ser utilizado pelo poder público para oferecer cursos e capacitações aos jovens. “Ele está estragando ali e tem várias meninas que se envolvem com drogas. Podiam fazer alguma coisa pra gente ensinar a bordar e pintar. Seria uma boa para tirar as meninas e os meninos das ruas”.
Por nota, a Prefeitura explicou que a poda de árvores que estão atingindo a rede elétrica é de competência da EDP “não competindo assim aos servidores municipais devido aos necessários protocolos de segurança com risco de descarga elétrica. A troca dos postes de iluminação pública de madeira também competem a EDP qual estamos reiterando ofício para troca”, trecho da nota.
O pedreiro Miguel dos Santos, de 50 anos, também solicitou melhorias, mas com foco na segurança para a entrada do bairro. Para Santos, o muro de frente ao Centro Comunitário poderia ser demolido. “Combinei com o prefeito que se ele ganhasse ele tiraria esse muro aqui pra gente pra fazer um parquinho. As crianças saem correndo do beco. Passa carro, quase pegou uma criança esses dias. Inclusive um carro bateu em mim”.
Sobre a retirada do muro, o Executivo afirmou que o responsável pela secretaria de Obras e Infraestrutura irá até o local para analisar a possibilidade. E ao Centro Comunitário, há projetos em análise, porém, faltam recursos para a implementação.