Após calote, moradores cobram reforma de quadra de esportes em Cachoeira
Crianças da Vila Carmem reclamam de estado precário do espaço; Prefeitura afirma que pagou pela obra
Lucas Barbosa
Cachoeira Paulista
Com poucas opções de lazer, os moradores do Vila Carmem, em Cachoeira Paulista, cobram a reforma da quadra principal do bairro, que nos últimos anos acabou tornando-se ponto de consumo de drogas. Segundo a Prefeitura, uma empresa chegou a ser paga para realizar a obra, mas acabou “dando calote” no Município.
Alambrado destruído, traves enferrujadas e piso inadequado. Estes são alguns dos obstáculos que as crianças do CDH são obrigadas a driblarem para tentar jogar futebol na principal quadra do bairro.
Mesmo tendo tabelas de basquete, o local não conta com os aros. Para o futsal a situação também não melhora, já que além das traves enferrujadas, os objetos não possuem redes.
O estudante Felipe Santana, 15 anos, descreveu o sentimento de indignação dos jovens da região diante a péssima qualidade do espaço esportivo. “Teve uma vez que eu machuquei feio o joelho, porque o chão aqui é tão áspero que se você cair, rala tudo. Tem gente que prefere jogar na rua do que aqui na quadra. A gente acaba indo jogar na Vila Carmen e no CDHU, mas é difícil, porque tem vez que os meninos de lá não nos deixam jogar”, lamentou.
Sem estrutura para abrigar as atividades esportivas, moradores da região denunciaram que a quadra vem sendo utilizada para outros fins. “Quase toda a noite uma molecada senta ali e fica fumando maconha. Já flagrei várias vezes uns garotos mexendo no canto da quadra como se tivesse escondendo alguma coisa, acredito que deve ser droga, por causa da movimentação. É triste ver um lugar que deveria ser para a diversão, se tornar num local de uso de droga”, criticou uma moradora que pediu para não ser identificada.
Incógnita – Em nota oficial, a Prefeitura de Cachoeira Paulista afirmou que chegou a contratar uma empresa para realizar a reforma da quadra do CDH, mas mesmo recebendo o pagamento a terceirizada acabou não fazendo o serviço. O Executivo enfatizou que recorreu à Justiça e aguarda a conclusão do processo.
O nome da empresa e o valor investido não foram revelados pela Prefeitura.