Sem uso, prédio da UPA se transforma em “elefante branco” em Aparecida
Prefeitura aguarda autorização para utilizar espaço e atender demandas da Saúde
Rafael Rodrigues
Aparecida
Com instalação anunciada em 2013, a UPA 2 (Unidade de Pronto Atendimento) 24h, em Aparecida, segue com as portas fechadas. Sem uso, o espaço, que já teve a construção finalizada, é orçado em mais de R$ 2,7 milhões.
De acordo com a Prefeitura, a cidade aguarda uma autorização do Ministério da Saúde para que o prédio possa ser utilizado de uma outra maneira, já que uma UPA é inviável por conta dos custos de manutenção.
A secretária de Saúde, Maria Eliane de Moraes, explicou que o custo para funcionamento de uma UPA 24 horas é muito elevado, e o município não teria recursos suficientes para investir no serviço. “Originalmente seria colocado uma Unidade de Pronto Atendimento, de porte dois, mas mesmo a obra estando pronta, devido ao custo, que fica em torno de R$ 1,2 milhão, o município não vislumbra condições de mantê-lo”.
Segundo Eliane, o local será usado para unificar diversos serviços oferecidos pela Saúde de Aparecida, como Farmácia Municipal, Almoxarifado, vigilâncias e atendimento médico especializado. “Estamos trabalhando na readequação física do SUS, e agora o pedido para esse uso está no Ministério da Saúde”, explicou.
Para justificar a troca de finalidade do prédio, a secretária citou a economia que gerada com a retirada de alguns setores da saúde de imóveis alugados. “Somente com o Caps (Centro de Apoio Psicossocial) alugamos uma casa por R$ 5 mil. Seria um valor que a cidade poderia economizar”, destacou a chefe da pasta, que espera ampliar a qualidade do atendimento à população com todos os serviços de saúde em um só local.
Atualmente, o serviço de Pronto Atendimento de Aparecida é realizado no prédio da Santa Casa. O custo do atendimento gira em torno de R$ 496 mil, com R$ 56 mil enviados pela rede SUS (Sistema Único de Saúde).