Santa Casa de Aparecida mais perto de abrir UTI após cinco anos de espera

Mesmo prontos, impasse entre entidade e Estado impossibilitava funcionamento dos nove leitos da unidade

Santa Casa de Aparecida, que tenta reestruturar para atendimento regional; UTI cada vez mais próxima (Arquivo Atos)
Santa Casa de Aparecida, que tenta reestruturar para atendimento regional; UTI cada vez mais próxima (Arquivo Atos)

Rafael Rodrigues
Aparecida

Depois de cinco anos do lançamento do projeto de instalação de uma UTI (Unidade de Terapia Intensiva) em Aparecida, a Santa Casa da cidade anunciou essa semana que nos próximos dias começará a receber os primeiros pacientes para ocupação dos nove leitos, à disposição da regional de saúde. Pronta e com todos os equipamentos comprados desde setembro do ano passado, a unidade estava de portas fechadas por falta de acordo entre entidade e o Governo do Estado de São Paulo, sobre os custos para manter o serviço.
O governador do Estado, Geraldo Alckmin (PSDB) chegou até a anunciar a abertura da UTI em poucos meses, quando esteve na cidade para inaugurar um centro de reabilitação ainda em 2014. Apesar das declarações do tucano, nada passou de promessas, já que dois anos depois o local nunca recebeu um paciente sequer.
A entidade alegou, durante esse período, que houve um impasse sobre os valores para manter a unidade, que terminou recentemente com o compromisso do Estado de repassar mensalmente verba de custeio para atender os pacientes da região.
“Depois de cinco anos de luta para abrir a UTI, estamos chegando perto da inauguração. Dentro de alguns dias será publicado no Diário Oficial da União sairá a data oficial da abertura dos leitos”, disse o administrador da Santa Casa, Frei Felipe Salatiel.
Para manter o pleno funcionamento dos nove leitos é necessário aproximadamente R$ 430 mil mensais. Desse valor, o Estado se comprometeu a pagar apenas R$ 262 mil, ou seja, o restante será através de recursos próprios da entidade.
“Chegamos a um consenso bom para ambas as partes, mas o mais importante é colocar a unidade para funcionar, porque muita gente precisa. Não vai beneficiar só Aparecida, mas toda região que abrange a DRS de Taubaté”, explicou o administrador da entidade.
Até mesmo a construção e aquisição de equipamentos, contou com um apoio menor do Estado, sendo custeado em sua maior parte pela Santa Casa, através de recursos próprios, muitos deles conseguidos com o apoio da população em ações beneficentes.
Os números mostram que a UTI de Aparecida custou R$ 4,3 milhões, entre estrutura e equipamentos, dos quais apenas R$ 1,3 milhão provenientes de emendas parlamentares.
Frei Salatiel explicou ainda que os leitos a disposição não são exclusivos para os moradores da cidade. A internação na unidade será feita mediante a solicitação a agência reguladora da regional de Taubaté.

Compartilhar é se importar!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

× Como posso te ajudar?