Operação foca romarias a pé, que começam a tomar Dutra

Trabalho chama atenção para riscos com presença de peregrinos na rodovia para período de Festa da Padroeira; CCR registrou duas mortes em 2019

Peregrino a caminho do Santuário Nacional de Aparecida; CCR Nova Dutra inicia campanha na Rodovia (Foto: Arquivo Atos)
Peregrino a caminho do Santuário Nacional de Aparecida; CCR Nova Dutra inicia campanha na Rodovia (Foto: Arquivo Atos)

Marcelo Augusto dos Santos
Região

A pouco menos de um mês para o dia de Nossa Senhora Aparecida, o número de fiéis que fazem a tradicional romaria a pé com destino ao Santuário Nacional começa a movimentar a rodovia Presidente Dutra, que corta a Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte. Com foco neste público, a CCR Nova Dutra, empresa que administra a rodovia, iniciou a campanha de segurança para impedir o aumento em outro índice, o de acidentes e violência.

Segundo a concessionaria, vinte mil peregrinos são esperados entre a segunda quinzena de setembro até a segunda quinzena de novembro, período de maior movimento.

A CCR deu início ao trabalho, realizado todos os anos, com orientações de segurança a peregrinos e motoristas que trafegam pela Via Dutra.

Os romeiros são orientados sobre a forma mais segura de realizar sua peregrinação, distribuindo panfletos com dicas de segurança, como o risco caminhar pelo acostamento da rodovia.

Os motoristas também serão orientados nas praças de pedágio informando sobre a época de romarias na Via Dutra. Também serão instaladas faixas e alertas nos painéis de mensagens variáveis da rodovia, alertando sobre romeiros pelo acostamento. “A cada ano aumenta o número de romarias a pé na Dutra e isso está nos preocupando todos os anos. O romeiro acredita que a o acostamento é um local seguro para realizar sua peregrinação, mas esquecem que estão muito próximos à faixa da direita. O acostamento é um local para paradas de emergências de veículos e o risco de um atropelamento é grande”, destacou o gestor de Atendimento da CCR NovaDutra, Virgílio Leocádio. “Sem contar que a Dutra tem mais de mil acessos, entradas e saídas de cidades e postos de serviços, as travessias de trevos e acessos, aumentam o risco de atropelamentos. Não temos como proibir a manifestação de fé na rodovia, mas há uma necessidade urgente da sociedade entender os riscos de caminhar pelo acostamento da Via Dutra”, frisou.

Dados da CCR revelam que, no ano passado, entre os meses de janeiro e dezembro foram contabilizados 13 atropelamentos, com quatro mortes, um aumento de 200% no número de atropelamentos em comparação com o mesmo período de 2017, quando sete acidentes foram registrados, dois com vítimas fatais.

A preocupação sobre o período se reflete nos números. Dos 17 acidentes, 10 aconteceram entre setembro e novembro.

Outra rota – Em 2016, a secretaria de Turismo do Estado de São Paulo criou a Rota da Luz formado por estradas secundárias, somando 201 quilômetros que passam por nove municípios, saindo de Mogi das Cruzes. A via é considerado a mais segura para as pessoas que queiram fazer esse tipo de demonstração de fé.

 

Dicas de segurança e orientação para romeiros:

1)    Utilize a Rota da Luz SP, um caminho mais seguro para os romeiros;

2)    Caminhe no sentido contrário ao tráfego, em fila indiana, o mais distante possível da pista e do acostamento;

3)    Só caminhe durante o dia. Evite caminhar à noite ou na madrugada;

4)    Use roupas claras e coloridas. Se possível, use faixas refletivas. Aumente ao máximo a sua visibilidade para os motoristas;

5)    Descanse fora da rodovia. Se houver veículo de apoio, estacioná-lo em local seguro, em postos de serviços, nunca no acostamento;

6)    Mantenha sua atenção. Rodovia é espaço para veículos, não para pedestres;

7)    Se chover, interrompa sua caminhada. Os riscos são maiores com pista molhada.

 

 

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