Cresce número de carros abandonados nas ruas de Aparecida e população cobra solução

Moradores temem que carros sejam foco de proliferação da dengue

Carro abandonado em rua da cidade, à revelia da administração pública:  moradores reclamam
Carro abandonado em rua da cidade, à revelia da administração pública: moradores reclamam

Rafael Rodrigues
Aparecida

Algumas ruas de Aparecida se tornaram depósito de carros abandonados, que além de gerar incomodo nos moradores, faz crescer também o temor de proliferação de focos da dengue, já que os veículos acumulam lixo e água parada. Sem uma lei que permita a retirada desses carros abandonados, a população cobra o Poder Público para que seja criado um projeto que resolva esse problema que se arrasta há anos na cidade.

O abandono dos veículos está por toda cidade, desde a Avenida Padroeira do Brasil, uma das mais movimentadas de Aparecida, até bairros afastados, como São Francisco e Itaguaçu. Em todos esses locais, os moradores reclamam que existem carros abandonados acumulando lixo e deixando a população revoltada.

A dona de casa Vanderléia Araújo, do bairro São Francisco, é uma dessas moradoras que se sentem indignadas com a inoperância da prefeitura para resolver o problema. “Eu já liguei para o departamento de trânsito e até agora nenhuma providência foi tomada”, afirma.

Ela disse que considera um perigo o abandono desses veículos. “Devido à dengue, eu acho que esses carros são um perigo, porque junta água e sujeira. O carro parado próximo à minha casa acumula lixo, e de lá saem animais peçonhentos, como ratos, sapos e baratas”, justificou.

Em outro ponto da cidade, no bairro do Itaguaçu, algumas ruas também contam com esse problema. Na Itabapoã, por exemplo, um veículo com placa de São Paulo está estacionado em frente a uma casa há mais de dois anos. Sem janelas e totalmente deteriorado, o veículo é um convite à dengue e também à saúde pública.

“Além de todos os problemas, o foco de dengue é o maior, e há dois anos esse carro está parado nesse mesmo lugar e ninguém veio aqui retirá-lo”, disse dona Rosa Maciel, moradora do bairro.

Legislação – De acordo com o vereador Elcio Ribeiro Pinto (DEM), por se tratar de um projeto que geraria custo à municipalidade, deveria partir da Prefeitura. “É um projeto que precisa vir do Executivo por se tratar de uma matéria financeira. Não cabe ao legislativo elaborar essa matéria”, disse.

Ele disse que vai entrar com um requerimento para que o prefeito envie um projeto para que seja transformado em lei. “Vou cobrar o senhor prefeito sobre esse assunto”, disse.

Completando as informações do Democratas, os vereadores Rodrigo de Assis Wendling (PP) e também Francisco Egydo Monteiro Vaz (PSDB) disseram que o projeto já havia sido enviado pela prefeitura, mas sequer foi para votação. O presidente da Casa disse que o projeto foi enviado para Câmara, mas falta mais sincronização entre a Casa e os vereadores para definir alguns pontos. “O texto não traz algumas diretrizes, ele não diz especificamente, por exemplo, o que vai fazer com o carro retirado da rua”, disse.

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