Comércio de Aparecida registra queda nas vendas

Movimento de romeiros na cidade, crise e falta de novidades impedem movimentação econômica

Rafael Rodrigues
Aparecida

Em Aparecida, as vendas caíram cerca de 30% nos dias da festa em homenagem à Padroeira do Brasil, diante do mesmo período do ano passado.

Os dados são da Associação Comercial e Empresarial da cidade, que atribui não somente a crise financeira, mas também a falta de novidade nas lojas, que segundo o presidente da entidade, Reginaldo Leite, seria uma saída para atrair os romeiros.

“Em primeiro lugar, a própria mídia faz muito alarde à população da crise, e a cidade de Aparecida, em contrapartida, precisa investir mais em cidadania, para que o município seja mais receptivo e atraia mais o consumidor”.

Com o intuito de contribuir para a formação do comércio local, a entidade pretende realizar uma palestra em parceria com o Sebrae-SP para ajudar os empresários a buscar uma saída para enfrentar esse momento econômico delicado que o Brasil passa atualmente.

Reginaldo informou que o evento será realizado no próximo dia 28 de outubro no auditório da Escola Coteca, ás 19h. “O tema da palestra é o futuro do comércio, para tratar justamente desse momento de crise que vivemos e enfrentar a queda nas vendas”.

Alimentação – Para o presidente do Sinhores (Sindicato dos Hotéis, Restaurantes e Similares) de Aparecida, Ernesto Elache, a dificuldade nas vendas chegou até mesmo no setor de alimentação. Segundo ele, mesmo sabendo que o romeiro que vem à cidade pode ficar sem levar uma lembrança para casa, o mesmo não pode ficar sem comer porém, a crise financeira diminui também a busca por restaurantes na cidade.

Muitos visitantes, principalmente aqueles que não se hospedam no município, trazem o próprio alimento, para evitar gastos em estabelecimentos locais. Elache disse que a saída também é melhorar o atendimento, para que possam aumentar as vendas também no setor alimentício.

“É necessário a melhoria de todos os setores, mudar o perfil do tratamento, a acolhida, desde toalhas até os cardápio. Apesar de que os romeiros não deixam de comer, mas podem comer menos, o que pode trazer prejuízo também para o setor”.

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