Após oito anos, Conseg volta atuar em Aparecida

Conselho municipal retoma atividades com intenção de contribuir para diminuir índices de violência na cidade

 Guarda municipal de Aparecida durante ronda pela região central da cidade; apoio popular ampliado  (Foto: Arquivo Atos)
Guarda municipal de Aparecida durante ronda pela região central da cidade; apoio popular ampliado
(Foto: Arquivo Atos)

Rafael Rodrigues
Aparecida

Depois de oito anos desativado, o Conseg (Conselho Comunitário de Segurança) de Aparecida voltou com suas atividades, com a escolha dos novos membros do órgão em reunião realizada na Câmara, com a presença de autoridades e membros da sociedade civil.

A intenção do grupo é contribuir com as polícias civil e militar no trabalho para reduzir os índices de criminalidades no município.

Eleita presidente do órgão, Josiane Arneiro alegou que a intenção é fazer com que a partir de agora toda sociedade participe das decisões referentes à segurança pública.

Segundo ela, já há algum tempo havia a necessidade de se reativar o grupo. “O Conseg está desativado há muito tempo, inclusive a polícia me procurou ano passado para ver se conseguíamos fazer o retorno, mas como tivemos eleição, ficamos meio parado. Esse ano alguns vereadores nos procuraram, e assim retomamos as discussões”.

O delegado titular de Aparecida, Dr. Adilson Marcondes, confirmou a alegação da nova presidente do Conseg. Ele disse que assim que assumiu a Polícia Civil em junho de 2015, procurou saber se havia algum grupo formado pela sociedade civil. “Quando eu cheguei na cidade, procurei saber se existia Conseg. Cheguei a conversar com o capitão Doriedson (PM) para que pudéssemos mobilizar um grupo de pessoas com essa disponibilidade”.

Marcondes aposta na união de pessoas para trazer benefícios para segurança de Aparecida, já que segundo ele, o combate é responsabilidade de todas as pessoas. “O Conseg colabora muito para nossa sociedade, porque não se pode apenas exigir do Estado, porque a segurança é um dever de toda população. Aparecida, pela demanda populacional, precisa de pessoas para contribuir com ideias e também cobranças”.

A cobrança deve ser uma das principais vertentes do trabalho do Conseg em Aparecida. De acordo com a presidente, o órgão será um canal direto entre população e autoridades policiais. “É um canal entre a população e a polícias civil e militar, vamos poder cobrar as autoridades, e estamos estudando todas as vertentes do Conselho, para podermos ajudar e também exigir a responsabilidade para darmos satisfação para população”.

Números – Apesar da preocupação dos moradores de Aparecida quanto a violência, alguns números apontam para uma queda na criminalidade no início de ano.

Em 2016 foram registrados ao longo dos 12 meses mais de 970 furtos, um dos principais gargalos da segurança pública na cidade. O número expressivo teve um ápice em janeiro, com o registro de cem casos.

Já em 2016, os dados da secretaria de Segurança Pública apontam para uma diminuição de quase metade dessas ocorrências. Em janeiro desse ano foram 56 furtos registrados pela polícia.

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