Aparecida tem perdido o combate para o Aedes Aegypti

Apesar dos esforços, focos do inseto continuam crescendo e preocupando população e autoridades

Agentes de combate a dengue fazem vistorias na cidade; foco é o recolhimento de lixos acumulados nas residências (Arquivo Atos)
Agentes de combate a dengue fazem vistorias na cidade; foco é o recolhimento de lixos acumulados nas residências (Arquivo Atos)

Rafael Rodrigues
Aparecida

Aparecida tem sofrido várias derrotas para o mosquito Aedes aegypti transmissor da dengue, febre chikungunya e zika vírus. O anúncio na capital católica foi feito pelo chefe da Vigilância Epidemiológica, Carlos Frederico, que ressaltou que apesar dos esforços do poder público, a população não tem contribuído com o combate aos focos de proliferação do inseto.
Recentemente a Prefeitura, por meio da secretaria de Saúde, realizou o que foi batizado de “Força Tarefa”, com orientações e recolhimento de materiais inservíveis no Centro, Ponte Alta e Santa Rita, bairros com maior incidência de focos. Mas duas semanas após as ações, Frederico afirma que o índice larvário continua o mesmo, e o que é pior, com propensão de aumentar nos próximos meses. “A força tarefa resolveu o problema, nós fizemos a nossa parte, mas a população não fez a parte dela. Eles não colocaram os recipientes que acumulam água para serem recolhidos, ou seja, o foco continua dentro das casas”.
Frederico chamou ainda a atenção de comerciantes e hoteleiros, que segundo ele, insistem em manter caixas d’água sem tampa, favorecendo a criação do mosquito.
A ação da Prefeitura realizou vistorias em todos os imóveis públicos e privados, comerciais e residenciais.
De acordo com a secretaria da Saúde, a principal causa dos focos é o lixo nos quintais das residências. A equipe de combate passou por esses três bairros com um caminhão recolhendo materiais inservíveis que poderiam ser criadouros do inseto.
Apesar do esforço, o chefe da Vigilância citou exemplos de descaso da própria população, que mesmo com as orientações e a chance de se desfazer de recipientes que acumulam água, estariam insistindo em manter a sujeira e facilitar a proliferação das doenças. “Teve um local, por exemplo, que notificamos a pessoa, que teve a oportunidade de eliminar os pneus e recipientes, mas depois de um tempo, encontramos mais de duzentas larvas, ou seja, mesmo com todo o trabalho, ele não ajudou”.
Segundo Carlos Frederico, a única saída seria mexer no bolso do contribuinte com mais taxas e punições financeiras. “No meu ponto de vista temos de aprovar uma lei mais rigorosa, porque só mexendo no bolso da população que vai resolver. Caso contrário vamos continuar orientando e agindo, mas sem eficiência. Tem que multar o local onde for encontrada a larva e resolver o problema”.
Entre as últimas ações tomadas pela Prefeitura está a aplicação de fumacê. O objetivo da ação é ajudar no combate ao Aedes Aegypti. Os moradores podem saber o bairro onde o carro passará pelo site oficial da Prefeitura. A ação se estenderá até o dia 19 de fevereiro.

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