Aparecida estuda guarda armada para reforçar segurança

Cidade registra queda de 75% na taxa de homicídio em 2017; roubo e lesão corporal sobem no município

Guarda Aparecida violência (1)
Guarda Municipal monitorando a Praça Benedito Meireles; Centro da cidade tem atenção especial (Foto: Juliana Aguilera)

Juliana Aguilera
Aparecida

A cidade de Aparecida apresentou queda no número de homicídios dolosos, quando não se teve a intenção de matar, com dois casos em 2017. O número é 75% menor do que em 2016, quando ocorreram oito mortes. Outros crimes como furos e estupros também tiveram baixa, já o número de roubos aumentou no último ano. Para garantir uma sequência na queda da criminalidade, o Município tenta reforçar a estrutura.

Segundo estatísticas da secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo referentes à 2017, o crime na microrregião diminuiu, comparado a 2016.

Entre as cidades da microrregião, Aparecida foi a que registrou maior diminuição de casos. Pindamonhangaba registrou queda de 35,3%, seguida por Caçapava com 25%. Cidades como Potim, Lorena e Cruzeiro também tiveram número menor de homicídio doloso em 2017. Cachoeira Paulista contabilizou aumento de 50% e Canas registrou dois homicídios, número maior do que em 2016, quando não houve nenhum caso. Guaratinguetá fechou com saldo igual nos dois anos: 22 casos.

Outros tipos de crimes foram contabilizados nas estatísticas, como homicídio culposo por acidente de trânsito, furto, roubo, lesão corporal culposa por acidente de trânsito e estupro. O número de homicídio culposo por acidente de trânsito, quando se tem a intenção de matar, em Aparecida, aumentou 60%. Em 2016 foram, cinco vítimas e, em 2017, oito vítimas.

A taxa de lesão corporal culposa por acidente de trânsito também aumentou de 106 casos registrados em 2016, para 149 casos em 2017. Segundo o secretário de Segurança Pública e Trânsito de Aparecida, Marcelo Monteiro, a Prefeitura já está tomando providências para aumentar a segurança das vias públicas. “A rua Aristides de Andrade, por exemplo, vai ter uma duplicação, porque é um dos pontos que mais tem ocorrência computada pela guarda”, afirmou.

O secretário destacou que a cidade não comporta o número de carros nas vias, principalmente nos finais de semana, quando a população flutuante aumenta consideravelmente. Outro problema apontado por Monteiro são as motos. “A grande maioria não quer respeitar a lei. Não respeita a faixa de pedestre, quer estacionar em qualquer lugar, passa por cima do canteiro. Nós não temos como ter um guarda em cada rua, mas fazemos o que podemos”, explicou.

Já a taxa de roubos teve aumento de 12 casos em 2017, subindo para 212 registros. Somente de carro, foram 21 em 2017, número maior do que o ano anterior, no qual tiveram nove roubos. O número de furtos diminuiu de 973 para 848, em 2017. Porém, veículos furtados foram maiores: de 35 casos para 41. O número de estupro caiu de 16 casos para 13 casos em 2017.

Guarda Municipal – A Guarda Municipal de Aparecida é patrimonial e não anda armada. O órgão trabalhar em conjunto da Polícia Militar em todos os turnos de serviço. Monteiro afirmou que há procedimentos em andamento para armá-la no futuro. “Temos autorização da Polícia Federal e do Exército, conseguimos 25 armas doadas pela Guarda Municipal de Campinas”.

Atualmente, a Guarda Civil Metropolitana da cidade tem 49 guardas efetivados. Monteiro explicou que o grupo não trabalha apenas com ocorrências de trânsito. “Em 2017, eles atenderam 3.816 ocorrências, uma média de trezentas por mês. A Guarda apoia todos os tipos de serviços e eventos que a Prefeitura faz, as procissões, festas, cavalarias”.

Romeiros afirmaram que costumam ver a Guarda Civil na cidade e se sentem seguros em Aparecida. Leandro Micossi já visitou a cidade diversas vezes e afirmou que mesmo em lugares cheios, como a Feira de Ambulantes, ele não sente medo de ser assaltado. “Principalmente no final de semana, eu vejo bastante guardas aqui no Centro”.

Polícia Militar – Segundo o capitão da Polícia Militar, Doriedson Galvão, os números são reflexo do investimento em ações preventivas como tráfico de drogas, apreensão de armas e maior número de presos em flagrantes. O capitão reforça também melhorias nas condições de segurança pela implantação do Conseg (Conselho de Segurança) em Aparecida e o fortalecimento do programa de Assistência Solidária, que organiza a prevenção em bairros mais necessitados.

Outro ponto levantado por Galvão é a união dos órgãos de segurança.  “A união da Guarda Municipal e Polícia Civil com a Polícia Militar, possibilita que a ação se torne mais eficiente”, exaltou.

O Município espera investimentos do governo para atualização do aparato de câmeras na cidade. Segundo o capitão, o sistema é de 2007 e precisa contemplar novas vias.

Bairros como Jardim Paraíba já estão sendo estudados pela Assistência Solidária para receber novas câmeras. “É um bairro importante, de passagem entre Aparecida e Potim”, afirmou Galvão, que acredita que implantando novas câmeras, o número de roubo irá diminuir. A maior parte destes crimes em Aparecida são transeuntes, ou seja, acontecem rapidamente e o criminoso escapa por moto ou bicicleta.

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Um comentário em “Aparecida estuda guarda armada para reforçar segurança

  • 17 de fevereiro de 2018 em 21:26
    Permalink

    Eu acho muito importante os Guardas Civis Municipais estaerem armados, isso pq hoje em quantidade o efetivo e a presença deles está bem maior no centro da cidade.
    Mas acredito que antes do armamento o Prefeito deveria olhar e investir na troca do uniforme e dos equipamentos deles,principalmente oferecer spray de pimenta,tayser(armas não letais) e trocar a frota dos veículos e das motos da GCM , que já minha opinião já está sucateada com mais de 08 anos de vida.
    Quem deve oferecer segurança, precisa ter essa segurança primeiramente.
    #ficadicaPrefeitoErnaldo

    Resposta

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