Aparecida dobra salário da frente de trabalho e inicia cursos profissionalizantes gratuitos

Autorizada em dezembro, mudança passa a valer a partir deste mês; cursos em parceria com o Senac começam em março

Pavimentação nas ruas de Aparecida; atendidos pela frente de trabalho são contemplados com aumento se subsidio (Foto: Arquivo Atos)

Leandro Oliveira
Aparecida

A Prefeitura de Aparecida dobrou o salário aos atendidos pelo projeto frente de trabalho. A ação, criada durante à crise gerada pela pandemia, prevê que as pessoas que atuam no sistema recebam um pagamento mensal, além de uma cesta básica, de acordo com os serviços prestados como limpeza urbana, poda de mato de vias públicas e praças. Antes os trabalhadores recebiam R$ 420 e a partir deste mês passam a receber R$ 840.

O Município confirmou ainda uma parceria com o Senac para elaboração de cursos profissionalizantes gratuitos para os profissionais a partir de março.

De acordo com a secretária de Promoção Social, Natália Carvalho, a alteração foi discutida e o reajuste acabou aprovado em dezembro. A carga horária dos serviços prestados também foi ampliada para seis horas de trabalho por dia, com mais duas horas de almoço. Os servidores trabalham quatro dias na semana e no quinto dia terão as aulas dos cursos profissionalizantes.
“Era um valor muito inferior. O poder de compra das pessoas fica totalmente reduzido e desde o começo da gestão eu trouxe essa temática para o prefeito. A gente vem conversando, analisando e estudando as possibilidades. No fim do ano chegamos à conclusão que daria para dobrar esse valor. Entendemos ainda que não é o valor ideal, mas estamos chegando próximo do ideal”, afirmou ao Jornal Atos.

Segundo a secretária, na lei que dispõe sobre a criação da frente de trabalho, há a obrigatoriedade de que os trabalhadores façam cursos. As aulas estavam paradas desde 2021. “A gente entende que é um público vulnerável, que precisam dessa atenção da explicação presencialmente. Muitos não teriam recursos nem para fazer aulas online. Eu fechei com o Senac para que em março a gente comece os cursos de capacitação”, afirmou.

As aulas são para que os trabalhadores possam ter, no futuro, a possibilidade de gerar renda autônoma. Foram contratados pela Prefeitura os cursos de elétrica, garçom, jardinagem e outras formações. “Os cursos são obrigatórios. São quatro dias de trabalhos prestados e um dia tem que ser de curso. A falta no curso pode levar com que ele perca essa vaga na frente de trabalho”, concluiu.

Aparecida tem atualmente duzentas pessoas na frente de trabalho. O grupo é composto por homens e mulheres do município em situação de vulnerabilidade social. O contrato de emprego é temporário e há renovação do grupo de acordo com o fim do tempo de trabalho de cada servidor. Há uma fila de espera para novas oportunidades neste grupo.

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