Três vereadores de Ubatuba são afastados por suspeita de ‘rachadinha’

Operação apreende documentos na Câmara e outros endereços; MP-SP segue apurando suposto esquema criminoso

Câmara de Ubatuba, onde a Polícia Civil cumpriu mandatos; vereadores são investigados por rachadinha (Foto: Reprodução CMU)

Da Redação
Ubatuba

A Polícia Civil e o MP-SP (Ministério Público do Estado de São Paulo) deflagraram uma operação na manhã desta quinta-feira (31) em Ubatuba que busca coletar materiais para o avanço da investigação sobre um suposto esquema de ‘rachadinha’ na Câmara. A ação resultou no afastamento do chefe do Legislativo, Eugênio Zwibelberg (União Brasil), e de dois outros vereadores.

Batizada como Corvêia, a operação cumpriu mandados de busca e apreensão na sede da Câmara e em outros 13 endereços distribuídos pela cidade litorânea. Nos locais, os policiais civis e agentes do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) apreenderam documentos e equipamentos eletrônicos. Em nota oficial, o MP-SP informou que a ação faz parte do trabalho investigativo que apura em Ubatuba as práticas de associação criminosa, peculato (crime contra o dinheiro público), coação no curso do processo (atos de violência ou de ameaça) e cárcere privado.

Apesar de não divulgar os nomes, a nota informa que três vereadores são suspeitos de envolvimento nos crimes, sendo que o de peculato se refere a ‘rachadinha’, termo popular dado quando um assessor transfere ao parlamentar parte de seu salário. O MP-SP ressaltou ainda que a Justiça de Ubatuba determinou o afastamento do trio de vereadores e o proibiu de frequentar a Câmara por tempo indeterminado.

Além de Zwibelberg foram afastados de suas funções os parlamentares, Josué dos Santos, o Josué ‘D” Menor (Avante), e José Roberto Monteiro Júnior, o Júnior JR (Podemos).

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