Servidores dos Correios do Vale do Paraíba iniciam greve por tempo indeterminado

Trabalhadores aderem à greve nacional; categoria reivindica alta nos vencimentos e melhores condições de trabalho

Carlos Pimentel

Região

Os servidores dos Correios da RMVale (Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte) iniciaram nesta quarta-feira (16), greve para reivindicar alta em salários e melhores condições de trabalho. A decisão pelo movimento, que também ocorre em outros estados, foi aprovada em assembleia na terça-feira e será mantida por tempo indeterminado. Não há balanço sobre reflexos.

Segundo o Sintect-VP (Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos do Vale do Paraíba), as agências de Jacareí, São José dos Campos, Caçapava, Pindamonhangaba, Guaratinguetá, Cruzeiro, Lorena, Queluz, Santa Branca, Caraguatatuba e Paraibuna, estão com as atividades paralisadas. A distribuição das mercadorias também está afetada. Na região, são 40 agências dos Correios e 1,5 mil funcionários. Os serviços realizados pelos Correios serão afetados, uma vez que as encomendas devem ficar retidas no Centro de Distribuição das cidades.

Entre as reivindicações da categoria, estão reajuste no vale-alimentação e no vale cesta; reposição nos vencimentos para a reposição da inflação (estimada em 9%) mais aumento real de 10% ; aumento de 15% para 25% para o adicional do trabalho nos finais de semana; cálculo para o pagamento das horas-extras e adicional noturno sobre o salário bruto; contratação de mais funcionários, uma vez que há déficit de funcionários; entre outros.

De acordo com o presidente do Sintect-VP, Marcílio Alves, a proposta feita pelo TST (Tribunal Superior do Trabalho) em conjunto com a empresa não contemplou as necessidades da categoria. “Além do reajuste, estamos pedindo melhores condições de trabalho para os funcionários. Temos algumas agências terceirizadas dos Correios, que estão atendendo, mas não fazem parte da nossa base sindical. É uma paralisação nacional e ganhará força nos próximos dias”, comentou.

A proposta do TST incluiu reajuste salarial zero, com gratificação de R$ 150 mensais a partir de agosto, e mais R$ 50 a partir de janeiro de 2016, até o fim da vigência do acordo coletivo, ou seja, agosto de 2016.

Os Correios foram procurados, mas não foram encontrados até o fechamento da edição.

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