Perfil de governo ou legado do trabalho passado

É fácil criticar o trabalho alheio na cômoda posição oposicionista, mais confortável ainda é colher o fruto da semeadura do trabalho daquele que foi duramente criticado. Foi fácil criticar a gestão que passou, mais fácil ainda é trazer os holofotes para os frutos daquilo que não plantou. Assim parece ser o perfil franciscano de governo.

Num passado não tão distante da memória dos cientistas políticos da região, o então prefeito Francisco reputou a primeira gestão de Fillippo como seu terceiro mandato. Hoje parece que a situação se inverteu, a ponto da cidade viver a terceira gestão do ‘coronelzinho’.

Curiosidades da vida pública ou coincidências políticas, é irrefutável que acontecimentos marcantes desta nova gestão franciscana teve o toque de partida e o trabalho do governo Filippo; ainda que a vaidade política do atual prefeito não permita os créditos devidos a quem de direito.

Contra fatos não há argumentos, e pela história lembramos que situações como o anúncio de quase R$4 milhões do Governo do Estado para a construção da via de acesso à AGC e Avenida Marginal teve o início no trabalho do Filipo; lógico que o projeto conta com a tarefa do atual governo em procrastinar seu término.

No caso da repaginação do Jardim Esperança, investimento em torno de 12 milhões de reais, que teve início na administração passada, que também deveria estar concluída, contou com a grande contribuição do atual governo em diminuir o ritmo das obras a ponto de ter de licitar a obra novamente.

Mas o ponto forte observado nos grandes feitos está no contrato com CAB, para tratamento de esgoto do município; isso porque o atual prefeito, no passado Fillipo, se mostrava avesso a prestação de serviço da terceirizada; mas hoje, dentro de sua conveniência de governista, celebrou aditamento de R$ 20 milhões para fortalecimento da terceirizada. Enquanto isso a construção de cerca de mil moradias permanece na geladeira franciscana, contando até com o esquecimento da atual Câmara, para ser descongelado no momento eleitoral certo.

Ainda bem que a política do transporte público, sempre ameaçada pela administração em questão, aparentemente entrou na normalidade, tendo em vista que já se romperam quase dois anos de governo e a tão propagada licitação sequer teve andamento, se consideradas as críticas passadas. Aquilo que funciona bem não deveria ser arriscado, mas em terra de vaidades, nunca é possível saber até que ponto prevalece o interesse geral ou do grupo de comando.

Mas o que dizer de um estilo de governo se o reconhecimento de tal perfil vem do próprio secretário de Planejamento municipal, que chegou a declarar em audiência pública da Câmara que todos os convênios que hoje demandam investimento são herança da administração Junior Filippo? Confissão ou Reconhecimento? Talvez até desabafo de quem não tem o que rebater, mas  a pergunta que se propaga entre os analistas e amantes da vida pública é uma só: Quando começará a administração Francisco Carlos?

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