De olho no bolso (público)!
Como cidadão, você já questionou qual é o custo do Legislativo e Executivo de sua cidade? Já pesquisou, por conta própria, os gastos dos gestores e o custo de cada vereador? Mais ainda, já refletiu se o retorno do trabalho do candidato eleito tem compensado o investimento?
Sim, porque se na iniciativa privada tais constatações são fundamentais para o sucesso ou fracasso de uma empresa, na Administração Pública os princípios devem ser o mesmo, e o fracasso de uma má gestão reflete em todos.
Assim, um candidato não deve ser apenas carismático e possuidor de uma boa oratória convincente, deve ser gestor e bom gestor. O problema é que muitos cidadãos não estão acostumados a acompanhar e fiscalizar os gastos públicos, ainda que hoje as possibilidades de acesso a informações são muito maiores que há alguns anos.
Neste ano, a devolução do duodécimo das Câmaras suscitou muitos questionamentos. É importante lembrar que, por não ter receita própria, a Câmara Municipal recebe parte do orçamento do Município, o qual é repassado em parcelas mensais, de acordo com a previsão orçamentaria do ano anterior. Assim, no fechamento econômico, os valores economizados devem ser devolvidos aos cofres públicos.
Em Pindamonhangaba, Magrão está no pódio da economia, já que conseguiu economizar quase R$9 milhões, provando que é possível o funcionamento do Legislativo a um custo muito mais baixo do que foi praticado nos últimos anos. Entretanto, paradoxalmente, Magrão solicitou para o ano de 2018 um orçamento maior que 2017, que supera 17 milhões de reais. Não se entende como uma gestão economiza quase 50% do seu orçamento e solicita muito mais do que o valor economizado. Infelizmente os questionamentos não foram suficientemente sanados, ficando para os cidadãos os questionamentos e as respostas.
Em Guaratinguetá, o Legislativo ao todo devolveu mais que R$500 mil. Em Lorena, a economia foi de aproximadamente 318 mil reais, com o fator positivo de Tão ter sanado as pendências com o funcionalismo da Casa de Leis. Mas esse ano, a necessidade de reformar o telhado da Câmara é uma das previsões de investimento da Casa; afinal as obras da gestão Vieira, embora vultuosas e alvo de investigações pelo vereador Coelho, não foram bem realizadas, e os problemas estruturais do prédio estão visíveis para toda a população, e não é de hoje!
Mas na “RABEIRA”, o troféu vexame em economia ficou para a Câmara Municipal de Cachoeira Paulista, que devolveu pouco mais de mil reais, sendo desnecessários muitos comentários, já que não existiram investimentos que justificassem o gasto quase total do orçamento!
Enquanto uns caminham na linha da economia, vendo nisso o desenvolvimento, outros ainda não tem a mesma prioridade! Em tudo, devemos estar atentos, afinal o bolso é nosso, a carga tributária pesa sobre a população que também arca com a deficiência financeira nos serviços públicos necessários.