PRIVATIZAÇÃO

Ficam os dedos vão-se os anéis, caberia a máxima para explicar o processo de privatização.
A sociedade também entende desta forma.

Na verdade, o processo de privatização, neste momento da nossa situação econômica, pode parecer para a sociedade que o país perderá.
Não é bem assim.

A questão que a sociedade precisa discutir se o processo de privatização traz ao país vantagens, independência econômica, ou, facilidades para ajustar cargos, tirar vantagem política?

Outro aspecto que trava o processo de privatização são as ideologias políticas ultrapassadas e os corporativismos nefastos.

No Brasil privatizar é uma idéia que ataca a velha direita, a beneficiada pelo empreguismo, demonstração de poder.
A velha esquerda, populista em geral, como uma forma de atender os companheiros, reforçar o velho e ultrapassado sindicalismo para agir como massa de pressão para o partido contra o governo.

Os funcionários públicos, por seu turno, defendem com unhas e dentes as estatais como uma forma de manter o seu emprego e não serem molestados por um programa de meritocracia.

E, por último, o Estado é um mau empresário e quanto maior a influência econômica do Estado mais oportunidade para a ineficiência administrativa e produtiva.

Sem mencionar que uma gestão pública propicia a corrupção, cujos efeitos a sociedade está estarrecida em conhecer.

Desconfiava mas não imaginava que seria deste tamanho!
O modelo atual do Estado é propenso ao inchaço!
A estabilidade do funcionário inviabiliza qualquer estrutura administrativa impossibilitando a demissão do funcionário.

Não há política de incentivo para melhorar a sua produtividade, daí a contratação sempre crescente para atender a demanda da sociedade.

O serviço público é marcado pela ineficiência e a baixa qualidade de atendimento.
Portanto, a privatização é uma forma de resolver problemas estruturais fadados à ineficiência.
Um Estado menor é a única forma de se ter um Estado mais eficiente.

O presidente Temer abraçou o processo de privatização diante do descalabro do Estado brasileiro e uma forma para sair da crise.
O processo de privatização gera um desconforto para os atuantes no cargo e endossar a revolta de que o processo de privatização ofende a soberania nacional.

Quem não se lembra do processo de privatização no governo Fernando Henrique onde os investidores foram literalmente “chutados no traseiro” defronte ao prédio da Bolsa de Valores.
O chute representava o corporativismo, os sindicalistas, os funcionários e os próprios funcionários e isso que está ai!
A grande reação à privatização: o desconhecimento do processo em seu todo.

A criação das Agências Nacionais inspiradas no modelo americano e inglês que sequer a sociedade se inteirou.
A função da Agência é defender os interesses do país, pois o governo continua sócio do investimento e os interesses do consumidor.

O presidente da Agência é indicado pelo presidente da República para a aprovação do Senado Federal, cabendo ao responsável montar a sua equipe com pessoas do mercado e técnicos especializados.

O governo Lula destruiu as Agências e a presidente Dilma manteve o desastre transformando-as em cabide de emprego e moeda de troca por apoio político.
As agências passaram a pressionar os seus controlados para contribuição de campanha política e prestando um péssimo serviço ao contribuinte.

Outro aspecto que a sociedade desconhece é o quanto as empresas privatizadas contribuem para o Tesouro Nacional através do resultado de lucro, dividendos e impostos.

Um exemplo: a Vale do Rio do Doce, da sua fundação em 1943 até a data de sua privatização, deu ao governo em dividendos e lucro perto de 600 milhões de reais e do período privatizado até 2010, 2,8 bilhões de reais.
Diante do rombo das contas públicas a privatização pouco dará de contribuição para o ajuste fiscal, mas o importante é liberar a estrutura do Estado para outras atividades.

A privatização das estradas públicas, as hidrelétricas (o futuro da energia será a eólica e a solar), das empresas financeiras criadas no governo Lula (dependuradas no Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal), parte da Petrobras, enfim, ampliar as possibilidades de investimento e da melhoria dos serviços ofertados.
Que assim seja. Por enquanto!

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