“O amor por princípio e a ordem por base; o progresso por fim”.

Lema da Bandeira Brasileira

NOSSA BANDEIRA

Na condição de professor trabalho com aproximadamente 300 jovens, por ano, que já concluíram o ensino médio.

Posso afirmar, com segurança, que nenhum aluno conhece a história de nossa bandeira e o significado das suas cores e detalhes.

Uma licenciosidade surgida talvez no período da ditadura, do famigerado “Estudos Brasileiros”, um novo significado para a explicação da nossa bandeira. Aliás, existem dois significados. Um que é uma licença poética, não oficial, e outro é um deboche.

Pode? Sim. No Brasil pode!

O verde de nossa bandeira representa às matas; o ouro as nossas riquezas; o globo azul o céu do Brasil.

A versão debochada: o verde representa o que sobrou do desmatamento; o amarelo o ouro que os portugueses levaram (eram deles, porque não levar?).

É triste ouvir estas abobrinhas o que denota o desrespeito que temos pelos nossos símbolos da República, como o Hino Nacional onde os alunos cantam com a cabeça coberta (boné da Nike!); as Armas Nacionais e o Selo Nacional totalmente desconhecido.

É assim que tratamos o símbolo da nossa pátria como tratamos os recursos públicos: com deboche!

Antes da bandeira atual o Brasil teve 12 outras bandeiras.

A atual bandeira foi adotada por decreto redigido por Rui Barbosa em 19 de novembro de 1889.

Daí, a data comemorativa de nossa Bandeira, 19 de novembro.

Ela foi projetada por Raimundo Teixeira Mendes com a colaboração de Miguel Lemos. O professor Manuel Pereira Reis, catedrático em Astronomia da Escola Politécnica tratou da disposição das estrelas na Bandeira e o desenho final executado por Décio Vilares. A primeira bandeira republicana bordada por Dona Flora Simas de Carvalho.

O retângulo e o losango estão presentes com as mesmas tonalidades na bandeira imperial, um traço histórico político de que a república não rompeu definitivamente com o Império (?).

O losango é a representação da mulher na posição de mãe, esposa, irmã e filha.

A esfera azul é o antigo símbolo do mundo, unindo o Brasil e Portugal através de Dom Manuel, em cujo reinado se deu o descobrimento.

Ela representa também um antigo símbolo romano.

O verde representa a Casa de Bragança, origem da família imperial portuguesa, a filiação com a França e o estandarte dos Bandeirantes.

O amarelo recorda a Casa dos Habsburgos, na Áustria, e também a Casa de Castela e Lorena, a que pertencia Dona Leopoldina, esposa de Dom Pedro I.

O azul, juntamente com o branco também remonta a nacionalidade lusitana, bem como homenageia a história do Cristianismo e a mãe de Jesus, padroeira de Portugal.

O branco, em sua plenitude, os desejos de paz.

O lema “Ordem e Progresso” é a síntese de um sistema filosófico que por algum tempo se desenvolveu em certas regiões da Europa e América do Norte e também no Brasil. A escola positivista de Augusto Comte. Ordem e Progresso é uma simplificação do lema positivista: “O Amor por princípio e a ordem por base; o progresso por fim”.

A estrela isolada não é a capital do Brasil e sim o Pará, na época, o único Estado brasileiro acima da linha do Equador. Atualmente, Roraima e Amapá (ainda não representados), eram territórios e hoje Estados.

A disposição das estrelas na nossa bandeira é também uma licença poética, pois, representa a constelação no dia da proclamação da República. O artista inclinou segundo a latitude do Rio de Janeiro no dia da proclamação, como se fosse a noite da proclamação, pois esta se deu às 8 horas e 37 minutos da manhã de 15 de outubro de 1889, instante que a Constelação do Cruzeiro do Sul teria o seu eixo maior na vertical.

”Salve, lindo pendão da esperança!” (*).

Esperança que não podemos perder! (*) Hino da Bandeira: letra de Olavo Bilac e Música: Francisco Braga.

 

Escrito por: Márcio Meirelles

 

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