Atos e Fatos

“A dificuldade real não reside nas novas ideias, mas em conseguir escapar das antigas.”

John Maynard Keynes

Edifício-sede do Banco Central, um dos cinco pilares da economia brasileira (Foto: Reprodução EBC)

Professor Márcio Meirelles

OS PILARES DO PAÍS

Atualmente a economia brasileira se firma em cinco pilares.

Diante da precária observação da sociedade a macroeconomia passa desapercebida pelo observador mais atento.

O estudo da macroeconomia surge após a quebra da Bolsa de Nova York e a grande crise americana com as análises de Keynes.

No país, a primeira turma formada em economia deve ser em meados da década de 1960.

A macroeconomia estuda a economia em geral analisando a determinação e o comportamento dos grandes agregados como renda e produtos, níveis de preços, emprego e desemprego, estoque de moeda, taxa de juros, balança de pagamentos e taxa de câmbio.

O primeiro pilar, a existência de uma reserva cambial da ordem de 350 bilhões de dólar, nos dá segurança e possibilidades de investimento internacional, como os produtores nacionais inseridos na cadeia global.

Traduzindo: o país tem caixa para enfrentar crises internacionais.

Como gestor desta reserva, o segundo pilar, um Banco Central formado por profissionais competentes e de reconhecido saber em lidar com sofisticadas políticas cambiais e monetárias.

A ideia do controle de gastos, um pilar fundamental, através de políticas públicas como a Lei de Responsabilidade, Teto de Gastos e agora o Arcabouço Fiscal em votação no Congresso Nacional.

Um modelo disciplinador de receita e gastos.

O controle de inflação, pilar rigoroso, pois sem um controle fiscal, a atuação firme do Banco Central para sinalizar ao mercado uma inflação dentro dos parâmetros de uma meta previamente definida.

A falta de um controle da inflação gera insegurança em toda a cadeia econômica.

Por último, o pilar político, onde o governo precisa ter uma base de sustentação na sua agenda e em temas sensíveis como a reforma tributária; a reforma da educação; o orçamento público; arcabouço fiscal; desoneração da folha de pagamentos e a reforma tributária.

Lideranças do governo e do Congresso Nacional a responsabilidade de manter a estabilidades destes pilares evitando divergências e crises.

Manter a esperança que este governo restabeleceu na sociedade, apesar do cenário complexo dos temas, a construção de um futuro melhor para o país.

A sensação de segurança entorno dos pilares nos dá uma falsa noção de dias melhores.

Na verdade, o país lida com assuntos complexos de macroeconomia, mas não resolve os mais importantes e necessários para a construção do país.

A educação, talvez o mais importante, lega ao país uma situação de despreparo e incapacidade de viver no século XXI, e por que não, de futuro!

Até quando o país viverá com o flagelo da educação onde na leitura, entre 78 países o país ocupa a 58°lugar e na matemática o 71°?

Até quando a 35% da população brasileira viverá sem água encanada e 50% sem esgoto tratado?

Até quando o país resolverá a questão da titularidade de terras?  Somente 4% das terras amazônicas tem título de propriedade.

Até quando manteremos 13 Estados brasileiros onde o número de beneficiados pelo Bolsa Família bate os que tem carteira assinada?

Qualquer pedreiro, meia colher, sabe que sem alicerce o pilar cai!

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