“Rivais antagônicos”: candidatos de Piquete trocam provocações em debate

Propostas e críticas rodearam as pautas discutidas em evento realizado por centros universitários de Lorena

Professor Mateus Tomazi (PSB) ao lado de Rominho (PSD) durante debate realizado na última sexta-feira (Foto: Divulgação Unifatea)

Bruna Viana
Piquete

Candidatos à prefeitura de Piquete, o empresário e atual prefeito Rominho (PSD) e o engenheiro, ex-vereador Professor Mateus Tomazi (PSB), trocaram provocações e apresentaram as suas propostas em primeiro debate da corrida eleitoral da cidade, realizado na última sexta-feira (20).

O encontro foi promovido pelo conglomerado de entidades formado por Unifatea (Centro Universitário Teresa D’Ávila), Unisal (Centro Universitário Salesiano de São Paulo), Faculdade Serra Dourada e a Pastoral Fé e Cidadania da Diocese de Lorena.

Na apresentação, Rominho, que busca a reeleição, destacou os quatros anos de gestão, com propostas de novas melhorias para o município. Já Tomazi, pontuou os tópicos de economia, saúde, administração pública e equilíbrio social.

No segundo bloco, a discussão foi pautada na infraestrutura, com o oposicionista ressaltando problemas atuais como ruas esburacadas e como isso será foco em seu plano de governo. Rominho discordou da afirmação e justificou o caso comentando sobre o investimento de saneamento básico nas ruas, e provocou o ex-vereador sobre não ter buscado recursos para resolver os problemas das ruas onde ele mora.

“Cabe ao vereador legislar. Executar obras e melhorias de ruas, isso cabe ao Executivo. Talvez o nobre colega tenha ficado pouco tempo na vereança, porque acabou cassado com dois anos e não tenha percebido isso”, rebateu Mateus.

As provocações se tornaram mais acaloradas quando Tomazi entrou na pauta de cultura, questionando o empresário sobre reclamações da população sobre a falta de manifestações culturais, e citou a falta de espaço para o hip-hop. Em discussão, os candidatos divergiram opiniões sobre o assunto. “A não ser que o senhor libere o quintal da sua casa para poder fazer a sua dança lá”, rebateu Rominho sobre o Município não oferecer espaço físico para atender essa cultura. “Faltou sim incentivar a cultura (do hip-hop), sobra espaço, senhor candidato, sobra espaço”, finalizou o engenheiro.

O terceiro bloco foi iniciado com o direito de resposta de Rominho, sobre seu processo de cassação, ainda quando era vereador. “Já era de se esperar que o candidato Mateus baixaria o nível desse debate. Eu não fui cassado, pois não cometi nenhum dolo, nenhum crime”. O caso ocorreu em 2018. Rominho teve o seu mandato de vereador retirado por infidelidade partidária, por troca de partido com janela fechada. Ele foi punido com afastamento administrativo.

Já no quarto bloco, quando questionado sobre Piquete não participar do programa habitacional “Minha Casa, Minha Vida”, o atual prefeito comentou. “Infelizmente, a nossa maior dificuldade é ter um hoje um terreno apropriado”. Em réplica, Tomazi lembrou a doação de áreas para instalação de empresas que está no plano de governo de Rominho. Ele aproveitou para provocar dizendo que na antiga campanha, o candidato disse que iria fazer um parquinho com pedalinho. “Agora o nobre candidato criou juízo. Parabéns por ter aprendido a lição”, finalizou o Professor, rebatido por Rominho. “Não fiz o parque nesses quatros anos, porque vou ter mais quatro para fazer”. O prefeito citou a criação de dois parques e garantiu que pretende trazer moradias.

Após o debate, os candidatos avaliaram o encontro, marcados por provocações. “Foi muito produtivo (o debate). Estou saindo daqui muito feliz, pois nós pudemos debater as nossas ideias e projetos, e continuar a transformação da nossa cidade”, comentou Rominho.

Mateus Tomazi também avaliou o embate como positivo. “Acredito que ficou bem claro para a população que são dois sistemas diferentes de gestão. Não somos inimigos nem opositores, nós somos antagônicos”.

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