Parceria entre Prefeitura e Apae de Lorena destrava atendimentos em processo por laudos de TEA
Em plano para ampliar atendimento, Município investe R$ 1 milhão para a construção de Centro de Atendimento Especializado em Autismo na entidade
Andréa Moroni
Lorena
Um trabalho realizado entre a Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) e a Prefeitura de Lorena zerou a fila de espera por atendimentos em processos que buscam laudos de TEA (Transtorno do Espectro Autista) da rede pública da cidade. Segundo a presidente da entidade, Dra. Sayma Zeraik foi firmado um convênio com o Município para atender as crianças cadastradas na secretaria de Saúde, que aguardam documentação médica prioritária na aquisição de assistência.
De acordo com Sayma, na negociação com a Prefeitura foram definidos cem atendimentos, mas já realizados 133. “Para laudar uma criança com TEA leva cerca de três meses. Para dar conta dos atendimentos nossa equipe multidisciplinar teve que atender à noite e aos sábados. Hoje, já temos 284 autistas inseridos e em tratamento”, contou. “E caso seu filho esteja na fila do Posto de Saúde e ainda não foi atendido, vá até a Secretaria de Saúde ou venha até nós”.
Para ampliar o atendimento de crianças com TEA, a parceria Município e Apae está construindo o Centro de Atendimento Especializado em Autismo. Serão três andares no novo espaço, num total de 1,5 mil m². “Nós teremos aqui fisioterapia, centro de sensibilidade, centro sensorial. Também já temos um Pediasuit (vestimenta ortopédica para ser utilizada na terapia intensiva), equipamento que custa R$ 100 mil”.
A construção do centro foi viabilizada por meio de um repasse de R$ 1 milhão feito pela Prefeitura. “A construção está bastante adiantada, mas como dependemos de equipes terceirizadas, nossa previsão de conclusão é de até um ano”.
A estrutura de atendimento ao autista na Apae de Lorena conta com três equipes multidisciplinares compostas por psicólogos, psicopedagogos, psicomotricistas, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, nutricionistas, fonoaudiólogos e cinco médicos (sendo um neurologista, um neuropediatra, dois psiquiatras e um clínico geral).
O convênio para o atendimento pessoas com autismo é baseado na Lei Municipal 3757/2017, que criou o Programa Municipal dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista.