Professor Eric entra na mira de processante em Pindamonhangaba

Vereador responde a três acusações e poder ter mandato cassado

Investigado, Professor Eric acompanha votação durante sessão, ao lado dos colegas Martins Cesar e Cao (Assessoria CMP)
Investigado, Professor Eric acompanha votação durante sessão, ao lado dos colegas Martins Cesar e Cao (Assessoria CMP)

Da Redação
Pindamonhangaba

Depois de dois anos da denúncia, a Câmara de Pindamonhangaba aprovou, por unanimidade, a abertura de uma comissão processante que vai definir o futuro do vereador Eric de Oliveira, o Professor Eric (PR). Ele é acusado de transferir salários de assessores para pagar um contratado extra e pelo uso irregular de carro do Legislativo.
De acordo com a Câmara, o pedido de investigação foi feito por Cláudio Anderson Tótaro, um morador da cidade, que se baseou na denúncia de irregularidades no mandato do parlamentar, em 2014. O vereador teria exigido repasse de quantia referente aos salários dos seus assessores, supostamente para pagamento de um assessor que atuaria fora da Câmara; também teria utilizado indevidamente o carro oficial, além de ter retirado exemplares do jornal Tribuna do Norte, de forma gratuita, para distribuição entre moradores da cidade. A publicação traria matérias que destacavam seu trabalho no Legislativo.
As acusações passaram por análise de uma CEI (Comissão Especial de Inquérito), que apontou em relatório que “vislumbrou-se, em tese, a ocorrência de irregularidades administrativas que, diante do direito ao contraditório e ampla defesa que é assegurado ao vereador Professor Eric de Oliveira, devem ser apuradas em eventual Comissão Processante”.
A votação para a abertura da processante contou com o suplente Eleandro Henrique de Souza, o Bolinha (PR), que assumiu a cadeira de Eric. A comissão é formada pelos vereadores Carlos Eduardo de Moura, o Magrão (PPS), Felipe César (PMDB) e Martim Cesar (DEM). Magrão será o presidente da processante.
A Comissão tem o prazo de cinco dias para iniciar os trabalhos, e após a notificação do investigado, noventa dias corridos para concluir os trabalhos. O prazo é improrrogável.
Após a aprovação da processante, Professor Eric voltou à tribuna e garantiu que a comissão significa sua chance de defesa. “Pela primeira vez vou ter o direito de ser ouvido. Algumas pessoas não acreditam, mas nesses quase dois anos de denúncia, até hoje, não fui ouvido nesta casa. Está sendo cerceado até hoje o meu direito a ampla defesa, o meu direito ao contraditório e o meu direito ao rito do devido processo legal”, frisou o vereador. “Eu vou provar, tanto nesta Casa, em julgamento político, como na Justiça, que sou inocente”, concluiu.

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