Moradores do Bem Viver voltam a reclamar de problemas estruturais no empreendimento
Relatos apontam queda de pisos e azulejos mesmo com troca realizada pela construtora; apartamentos voltam a apresentar falhas
Bruna Silva
Pindamonhangaba
Após três anos da entrega das chaves, os moradores do empreendimento “Bem Viver”, em Pindamonhangaba, continuam reclamando sobre os problemas estruturais. Queda de pisos, mofos e entrada de água em dias de chuva estão entre as principais queixas.
Para a dona de casa Raquel Nunes, de 38 anos, o ponto mais crítico de seu apartamento é o “alagamento” que ocorre em dias de fortes chuvas. Segundo ela, desde que fez a primeira vistoria notou que a queda de água “estava errada” e pediu para que a construtora arrumasse o problema. A solução não veio e nas chuvas o transtorno aumenta.
Raquel estima que tenha perdido cerca de R$ 5 mil em móveis que estufaram devido à água que entra em seu apartamento pelo rodapé do piso dos quartos dos filhos. O mesmo acontece na casa de dona Geni Alves, de 73 anos, moradora do condomínio Mogno. No local, o mofo apareceu nos últimos dois meses por conta da umidade.
Além dos problemas com infiltração, é quase unânime as queixas acerca dos pisos instalados pela construtora. Ainda nos últimos meses, após tratativas da Prefeitura, a construtora responsável assumiu o compromisso de fazer a troca dos pisos e azulejos que caíram. Entretanto, conforme relato dos moradores, os acabamentos voltaram a cair, pois há trechos com pouco cimento cola e até mesmo sem rejunte.
Diversos moradores relatam que o mofo tem aparecido e prejudicado inclusive a saúde, agravando casos de asma, rinite e também sinusite. Eles se preocupam também com a chegada dos temporais, típicos da época de altas temperaturas. “Todo mundo agradece a chuva, mas aqui no Bem Viver a gente tem medo”, comentou um morador.
Por meio de nota, a Prefeitura de Pindamonhangaba afirmou que irá apurar as reclamações dos moradores e repassa-las à Forcasa, construtora responsável pelo empreendimento e também ao banco responsável pelo financiamento, o Banco do Brasil. O Município enfatizou que desde que tem ciência dos problemas estruturais tem feito articulações para solucioná-los.
