Morador denuncia esquema de vendas de licenças de táxi em Guará

Valores variam de R$ 23 até R$ 45 mil; denunciante critica falta de fiscalização

Taxistas Guara (3)
(Foto: Carlos Pimentel)

Lucas Barbosa

Guaratinguetá

Há mais de oito anos em busca de uma licença para trabalhar como taxista, um morador de Guaratinguetá denunciou no último dia 8 um suposto esquema de venda de permissões. O denunciante critica a falta de fiscalização da Prefeitura e cobra a realização de um processo licitatório para a abertura de novas vagas.

De acordo com o denunciante, L.E.R.V, que pediu para que seu nome fosse preservado, há quase uma década ele e outros guaratinguetaenses vêm enfrentando uma série de barreiras para tentar tornar-se taxistas.

O morador afirmou que durante a antiga gestão, do ex-prefeito Junior Fillipo (PSD), os interessados entravam para uma ‘fila’ e aguardavam até surgir uma vaga. Ao assumir o município, o atual prefeito Francisco Carlos (PSDB) teria extinguido o sistema de fila e se comprometido a fazer um processo licitatório para a concessão de novas licenças. “É uma vergonha o     que está acontecendo em Guará. Fui comunicado pela Prefeitura que eles iriam abrir um processo licitatório, mas até agora nada”, protestou.

O denunciante criticou ainda a lentidão da Prefeitura em cancelar uma lei municipal que permite a venda de licenças entre terceiros. Além disso, o morador relatou como funcionava o esquema de venda de ‘lugares’. “Pessoas que têm permissão, e que às vezes nem atuam como taxista, me ofereceram R$ 45 mil para ter um ponto na Rodoviária e R$ 23 mil no ponto da Sabap (Sociedade Amigos do Bairro Pedregulho). Tenho certeza que todos da Prefeitura sabem e simplesmente não fazem nada. Essas vendas deveriam ser levadas ao Ministério Público. Mas, falta coragem e vontade de mudança em nosso governantes”.

O morador explicou ainda que muitas pessoas que adquiriram a permissão para futuramente negociarem para outro interessado com um preço ainda maior.

Resposta – A reportagem do Jornal Atos encaminhou uma série de questionamentos à Prefeitura, mas até o fechamento desta edição nenhuma resposta foi encaminhada.

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