Seminário Internacional da Unisal debate Direitos Humanos e Ação Docente
Encontro que reuniu 536 participações, debate problemas sociocomunitários e educacionais
![Congresso Nacional Educação Unisal (22)](http://jornalatos.net/wp-content/uploads/2015/09/Congresso-Nacional-Educação-Unisal-221-300x200.jpg)
Elisabeth Almeida
Lorena
Com o tema “Direitos Humanos e Ação Docente”, a Unisal de Lorena realizou simultaneamente a segunda edição do Conise (Congresso Internacional Salesiano de Educação) e o 3º Seviles (Seminário de Violências, Educação e Saúde e I Seminário de Educação Sociocomunitária).
O evento foi realizado no Teatro São Joaquim, entre quarta e sexta-feira (25), com a inscrição de 536 participantes, entre eles, os alunos dos cursos de licenciatura em História, Filosofia, Matemática e Pedagogia.
No primeiro dia o professor Pe. Agnaldo Soarez de Lima, diretor executivo da Rede Salesiana Brasil de Ação Social, falou sobre a relação entre direitos humanos, a educação e a pedagogia salesiana.
Durante a palestra, ele destacou o valor da participação dos pais na educação e alfabetização dos filhos. “Praticar o errado é instintivo, como falar alto, praticar o bullyng e jogar lixo no chão, mas fazer o bem se aprende. Faz parte das atribuições do educador ensinar o bom diálogo, a tolerância e o respeito”.
Para a aluna de Pedagogia, Juciele Siqueira, é importante discutir um tema tão atual e complexo. “Acredito que direitos humanos e a docência não se separam, a partir do momento que a consideramos o aluno um ser humano, acreditamos e sabemos os direitos que ele tem, já estamos praticando este conceito e contribuindo com uma formação humanizada”.
O segundo dia contou com uma mesa redonda composta pelos professores da faculdade e por convidados, entre eles, o professores José Manuel Moran, da Espanha e Oscar Jerez Yañes, do Chile. Eles debateram sobre a Sala Invertida e outras metodologias de ensino para a atualidade.
A professora Marcilene Bueno, docente da Unisal, explicou a relevância no incentivo ao estudo. “Para entender o conceito é preciso mudar o conceito das aulas tradicionais, na sala invertida o aluno trabalha junto com a gente, então as classes precisam ser mais práticas, com troca de experiências, e para isso é necessário que o aluno já venha com algumas informações sobre o assunto abordado”.
![Congresso Nacional Educação Unisal (106)](http://jornalatos.net/wp-content/uploads/2015/09/Congresso-Nacional-Educação-Unisal-1061-300x200.jpg)
Uma mesa redonda sobre “Aula Operatória” Desafios Metodológicos, intermediada pelo professor Paulo Afonso Caruso Ronca, fez parte da programação do terceiro dia do evento.
Oscar Jerez Yañes frisou que o objetivo hoje é fazer com que o estudante tenha vontade de aprender e que isso depende também da metodologia usada. “O que aprendi acompanhando professores é que quanto mais tradicionalistas, menor o aproveitamento, hoje em dia devemos instigar, sermos mais práticos, trazer o aluno cada vez mais para perto”.
Universidade sedia Observatório Temático sobre Violência nas Escolas, em parceria com a UNESCO
Para estudar e discutir os desafios e problemas relacionados às crianças em ambiente escolar, a Unisal de Lorena sedia o Observatório de Violências na Escola, um núcleo de pesquisas da Universidade Salesiana de São Paulo.
A organização faz parte de uma rede de universidades espalhadas pelo Brasil, trabalhando em parceria do termo de Cooperação Técnica, Científica e Cultural, que compõe a Cátedra da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) de Juventude, Educação e Sociedade desde 2008, com o objetivo de oferecer cursos e oficinas sobre a temática, todos em nível de graduação e pós-graduação, voltados para os alunos de pedagogia. Em destaque estão as pesquisas sobre as relações sociais no espaço escolar, a pedagogia social e os processos de inclusão.
O grupo de estudos se reúne todos os meses para potencializar as pesquisas e programas de atividades junto às escolas, monitorando e trabalhando a prevenção das múltiplas formas de violência, seja ela física, verbal, bullying ou discriminatória.