Tão inicia reforma na Câmara que pode fechar prédio

Com promessa de transparência, trabalho de recuperação do prédio é dividido em teto, parte elétrica e pintura

O presidente da Câmara de Lorena, Tão, que participou do programa Atos no Rádio (Foto: Rafaela Lourenço)
O presidente da Câmara de Lorena, Tão, que participou do programa Atos no Rádio (Foto: Rafaela Lourenço)

Da Redação
Lorena

Quase cinco anos após uma polêmica reforma, o prédio que abriga a Câmara de Lorena está prestes a receber diversas obras de recuperação até o fim do ano. De acordo com o presidente da Casa, Waldemilson da Silva, o Tão (PR), o estado avançado de deterioração da estrutura do local está colocando em risco os servidores da Casa.

Na manhã da última segunda-feira, o presidente da Câmara participou do programa Atos no Rádio, onde revelou detalhes do plano de melhorias infraestruturais que será executado nos próximos meses.

A Casa iniciaria os trabalhos pelo telhado, mas um laudo apontou que o prédio corre risco devido às condições da rede elétrica.
Sem anunciar a previsão do investimento total, Tão explicou como será a recuperação da parte elétrica. “Havíamos feito o processo licitatório para a reforma do telhado, orçada em pouco mais de R$ 66 mil, mas já que foi constatado que existem fios energizados desencampados em alguns pontos, decidimos realizar primeiro o serviço elétrico, que em breve será licitado. Essa decisão foi tomada porque o risco de curtos-circuitos é grande, colocando em perigo os servidores e a população que vai até a Câmara”.

A última etapa da reforma será a pintura. Tão não descartou a possibilidade de fechar o prédio durante a obra. “Não tomarei nenhuma decisão até que tenhamos em mãos o laudo do Corpo de Bombeiros, que apontará se poderemos fazer a reforma em blocos, sem a necessidade de esvaziar o prédio. Caso não, procuraremos o apoio do Exército ou da Prefeitura para que possamos funcionar de forma temporária em um outro local”.

O vereador garantiu ainda que prezará pela transparência do uso dos recursos públicos empregados na reforma, e que a Casa está à disposição para esclarecer dúvidas de moradores, órgãos reguladores e do Executivo. O parlamentar destacou também que cada etapa do serviço será fotografada, e que os arquivos serão integrados ao relatório da obra.

A medida busca evitar uma nova reforma polêmica na Câmara de Lorena como a que ocorreu entre 2009 e 2012, que no ano seguinte virou alvo de investigação do ex-vereador Carlos Alberto Coelho, o Padre Coelho (PT).

Na época, o petista apresentou fotos do prédio e documentos relativos ao projeto de restauração e melhorias que não teriam sido colocadas em prática pelo presidente da Casa, Elcio Vieira, o Elcinho Vieira (PV).

Em abril de 2013, o Jornal Atos publicou uma matéria em que Coelho apontou gasto exorbitante de cerca de R$ 860 mil nas obras de manutenção da Câmara. O ex-vereador apresentou também documentos relativos ao projeto de restauração e melhorias que não teriam sido colocadas em prática e, consequentemente, não correspondiam ao valor supostamente investido na realização das obras.

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