Câmara de Lorena mantém veto à “Escola Sem Partido”

Projeto de Samuel de Melo é derrotado por 11 votos a 4; proposta foi apontada como inconstitucional

O prefeito Fábio Marcondes (esquerda), que vetou projeto de Samuel por Escola Sem Partido, em Lorena (Fotos: Rafaela Lourenço/Reprodução)
O prefeito Fábio Marcondes (esquerda), que vetou projeto de Samuel por Escola Sem Partido, em Lorena (Fotos: Rafaela Lourenço/Reprodução)

Lucas Barbosa
Lorena

Por 11 votos a 4, a Câmara de Lorena manteve na última semana o veto do prefeito Fábio Marcondes (PSDB) sobre o projeto do vereador Samuel de Melo (PTB), que pedia a implantação da proposta da “Escola Sem Partido” na rede municipal de ensino.
Uma das propostas que gerou mais polêmica pelas ruas de Lorena no ano, a “Escola Sem Partido” foi aprovada pelo Legislativo em 6 de novembro, com apenas o voto contrário do vereador Wander da Silva, o Wandinho (PSDB). Porém, o projeto acabou vetado por Marcondes no último dia 4, com a justificativa de que era inconstitucional, por violar a competência privativa da União de legislar sobre diretrizes e bases da educação   nacional.

Durante entrevista ao Jornal Atos, no último dia 6, Samuel discordou do apontamento do Executivo, afirmando que diversos juristas renomados afirmam que o projeto é totalmente legal.

Já na última segunda-feira, os parlamentares decidiram seguir a decisão de Marcondes, evitando que a proposta fosse aplicada no município.

Além de Samuel, os únicos vereadores que votaram de forma contrária ao veto foram Pedro Nogueira, o Pedro da Vila Brito (PTB), Cléber Alexandre, o Cléber Maravilha (PRB) e Fábio Longuinho (PSC).
Proposta – Idealizado pelo procurador de Justiça de São Paulo, Miguel Nagib, em 2004, o movimento Escola Sem Partido cobra a obrigatoriedade da afixação de um cartaz com seis regras que os professores devem seguir nas salas de aula do ensino fundamental e médio.

O projeto exige que durante as aulas os docentes não promovam seus interesses e concepções ideológicas, morais, religiosas e político-partidárias. Eles também ficariam proibidos de incentivarem as crianças e adolescentes a participarem de manifestações e outros atos públicos.
A medida também cobra que sejam apresentadas as diferentes perspectivas dos conteúdos didáticos, evitando que os estudantes conheçam somente um lado do tema ou de determinado personagem histórico.

Um comentário em “Câmara de Lorena mantém veto à “Escola Sem Partido”

  • 23 de dezembro de 2017 em 11:35
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    As escolas não devem ter partidos pois não é democrático. Doutrinar crianças e jóvens é absurdo e imoral em qualquer área .
    Somos um País laico por isso cada família deve ensinar ou não os princípios religiosos que querem seguir.
    Ideologia de Gênero é terrível e devastador para qualquer criança ou jóvem além de ser imoral…
    Devemos nos preocupar com melhores escolas onde os alunos aprendam de verdade para se tornarem cidadãos dignos e produtivos . Deveria voltar a Lorena urgente a Guarda -Mirim, pois ela evita que as crianças fiquem perambulando pelas ruas usando drogas tornando-as úteis e responsáveis …

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