Câmara de Guará decide terceirização da saúde na quinta

Projeto garantiu votação após pedido de urgência; proposta dividiu plenário nas últimas semanas

O prefeito de Guaratinguetá, Marcus Soliva, durante assinatura de convênio em São Paulo; apoio de Alckmin é vital para projeto do novo PS (Foto: Divulgação)
O prefeito Marcus Soliva, durante assinatura de convênio em São Paulo; apoio de Alckmin é vital para projeto do novo PS (Foto: Divulgação)

Leandro Oliveira
Guaratinguetá

O projeto de terceirização dos atendimentos do Pronto Socorro de Guaratinguetá por meio da implantação de uma OS (Organização Social) deve ser votado nesta quinta-feira na Câmara Municipal. Um pedido de urgência garantiu o tema na pauta, em votação que teve apenas um contrário, de Marco Evangelista (PSDB).

O prefeito Marcus Soliva (PSB) se reuniu com os vereadores na última quarta-feira para apresentar a proposta. Na Casa, o clima foi de divisão na última semana. Para aprovação é necessária maioria simples de votos, ou seja, seis vereadores.

Antes mesmo de chegar ao Legislativo, a proposta causou um racha entre os vereadores. Dois projetos semelhantes foram apresentados e retirados pelo vereador Pedro Sannini (PTB). Dessa vez o documento chegará à Câmara com a assinatura do prefeito. Mesmo assim, parte dos vereadores se mostrou reticente quanto à proposta.

Maior bancada da Casa, com cinco parlamentares, o PMDB se reuniu para discutir o projeto na última semana. Líder do partido na Câmara, o vereador Nei Carteiro antecipou seu posicionamento contrário e salientou que é necessário descentralizar os atendimentos. “Tem que haver uma gestão plena dentro do Pronto Socorro com uma efetiva fiscalização e auditoria nos procedimentos em parceria com o hospital para checar tudo”, iniciou. “É necessário uma pessoa do Poder Executivo dentro do PS para fazer a gestão de maneira eficaz. Então não concordamos com essa decisão de terceirização”, concluiu.

Presidente da Comissão de Saúde, Marcelo Augusto ‘da Santa Casa’ (PSD) revelou que pediu que à secretária Maristela Macedo que esclarecesse aos vereadores sobre os custos com o serviço. “Por qual motivo a saúde pode ser administrada por uma OS? Solicitamos que a secretaria de Saúde apresentasse uma planilha de custos financeiros que viabilizassem essa questão”.

Líder do Executivo na Câmara, o vereador João Pita (PSB) listou os pontos positivos da proposta. “A OS é isenta do pagamento de imposto e sai mais barata para o Município. Cabe à Câmara o processo de autorizar o projeto. Esperamos que não tenhamos a necessidade do presidente votar. Estamos buscando junto a base e aos parceiros do PMDB”, respondeu.

Com a possibilidade de placar igual no plenário, o presidente da Câmara, Marcelo Coutinho, o Celão (PSD), foi questionado se poderá votar a favor ou contra. “Eu sou a favor da OS. Analisei muito nos últimos vinte dias várias cidades da nossa região. Temos cidades onde deu muito certo e onde não deu certo, mas isso varia de acordo com a Organização contratada”.

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