Um mês após volta às aulas presenciais, região tem dois surtos em escolas

Municipal de Cruzeiro e estadual de Pinda fecham temporariamente após registros de casos de Covid-19; pais cobram segurança

A escola estadual Doutor Alfredo Pujol, em Pinda; unidade registrou ao menos 38 novas contaminações (Foto: Bruna Silva)

Da Redação
RMVale

O retorno às aulas presenciais em novembro ampliou a discussões sobre a estrutura adequada para garantir a segurança de alunos e funcionários contra o risco de contaminações pelo novo coronavírus. Um mês depois, a região já registrou dois casos de surto da Covid-19 que levou a paralisações em Cruzeiro e Pindamonhangaba.

De acordo com o Vacinômetro, a RMVale (Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte) chegou, na última sexta-feira (3) à marca de 1,91 milhão de pessoas vacinadas com a segunda dose e a dose única contra a Covid-19. O número é referente a cerca de 74% do grupo. Apesar do avanço na vacinação, a região registrou a segunda semana seguida com aumento de casos. Com um aumento de 105%, com diagnósticos positivos subindo de 639 para 1.316.

Nas escolas, o primeiro caso de surto em novembro aconteceu em Cruzeiro, que suspendeu temporariamente as atividades presenciais da escola municipal de ensino infantil e fundamental Girlene Carvalho Alvarenga Martinoli, localizada à praça Teononio Vilela, no Jardim América.

A secretaria de Educação garantiu que os alunos não devem ser prejudicados com a medida protetiva, que atendeu ao protocolo de sanitização contra o novo coronavírus.

Segundo a Prefeitura, foi confirmada a contaminação de seis pessoas do corpo docente da unidade escolar, e que “diante do contexto, a Semec seguiu as normativas determinadas pelo Governo do Estado de São Paulo, bem como Vigilância Sanitária local e resolução da secretaria, que trata do Protocolo Covid-19 (trecho da nota)”.

O documento também destacou que a escola será reaberta após 14 dias do primeiro exame positivo. “A unidade foi e está preparada para receber os estudantes, assim como toda equipe escolar de forma segura, no entanto, esclarecemos que os alunos não serão prejudicados pois as aulas estão acontecendo normalmente através do sistema remoto”.

Cruzeiro, que já registrou 8.761 casos da doença, sendo 8.473 curados e 262 mortos residentes, tem duas pessoas internadas em leitos de UTI na Santa Casa. Segundo o Vacinômetro, 59.195 moradores estão completamente vacinados.

As aplicações dos imunizantes seguem de segunda à sexta-feira, no Are (Ambulatório Regional de Especialidades), das 8h às 15h.

Pinda – A escola estadual Doutor Alfredo Pujol, no Centro de Pindamonhangaba, registrou um surto de contaminação de coronavírus, na última semana. Ao menos, 38 pessoas foram contaminadas pela doença.

Os casos preocuparam a comunidade escolar, especialmente os pais que possuem filhos que frequentam uma das mais tradicionais escolas da cidade. “Ontem a minha filha estava comentando a respeito desse assunto, ela é aluna do Alfredo Pujol… Não sei qual é o sentido de as aulas terem voltado no final do ano, sendo que o vírus continua circulando. Os adolescentes não respeitam o distanciamento (e nem tem como dentro de uma sala de aula), se abraçam e se beijam, e a máscara fica no queixo. Eu estou muito preocupada”, escreveu uma das mães.

Por meio de nota, a secretaria estadual de Educação confirmou a contaminação na escola e que os dados constam no Simed (Sistema de Informação e Monitoramento da Educação para Covid-19). “As atividades presenciais das turmas envolvidas foram suspensas por 14 dias e os alunos acompanham às aulas online remotamente pelo Centro de Mídias São Paulo, sem prejuízo para o aprendizado”.

As contaminações identificadas foram notificadas a Vigilância Sanitária Municipal. Os casos positivos seguem em acompanhamento pelas unidades de saúde de referência, as pessoas que tiveram contato com aqueles que testaram positivo seguem em monitoramento pelas autoridades.

Pindamonhangaba registrou 20.317 contaminações da doença até a última segunda-feira (3), sendo 23 novos casos nas últimas 24 horas. Seis pacientes confirmados seguem hospitalizados para atendimento médico especializado. Atualmente as taxas de internação operam em 17% na UTI (Unidade Terapia Intensiva) da rede pública, 75% na UTI privada e 19% nas enfermarias pública e privada.

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