São Sebastião teme avanço da malária em área que Camila Pitanga foi infectada
Atriz e filha se recuperam em casa no bairro Barra da Una; Prefeitura tenta identificar novas vítimas com trabalho de rastreamento
Lucas Barbosa
São Sebastião
Após a atriz Camila Pitanga e sua filha divulgarem que contraírammalária em São Sebastião, a Prefeitura anunciou que a Vigilância Epidemiológica realizará, a partir da próxima quinta-feira (20), uma varredura no bairro Barra da Una para descobrir se moradores da região também estão infectados. Com os novos registros da doença, a cidade litorânea passou a ser considerada pelo Ministério da Saúde como área de risco.
De acordo com a Prefeitura, equipes da Vigilância Epidemiológica percorrerão um raio de até quinhentos metros da casa em que a atriz da Rede Globo e sua filha, Antônia Pitanga, de 12 anos, estavam em isolamento social desde o início da pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Durante a ação, os servidores municipais tentarão convencer os residentes a realizarem testes de identificação da malária.
Causada por protozoários transmitidos pela fêmea infectada do mosquito Anopheles, a malária causa diversos sintomas em suas vítimas como: febre alta, cansaço, calafrios intensos, dor pelo corpo e amarelamento da pele.
Segundo o Ministério da Saúde, apesar de não ser transmissível entre humanos, a doença pode levar a morte se não for tratada com rapidez. Convulsões e hemorragias são os principais sintomas de casos mais graves da enfermidade.
Em nota oficial à imprensa nacional, a assessoria de Camila Pitanga explicou que ela e a filha começaram a sentirem os primeiros sintomas no início da última semana. Suspeitando que tratava-se de Covid-19, a atriz realizou um teste em um laboratório particular de Ubatuba, que descartou o caso de infecção pelo novo coronavírus.
Na sequência, as pacientes foram encaminhadas no último dia 10 ao Hospital das Clínicas de São Paulo, que constatou que elas contraíram malária.
De acordo com sua assessoria, a atriz e a filha permanecem em isolamento social na casa da família em São Sebastião, onde realizam o tratamento recomendado pelos médicos.
Preocupação – Com os casos de Camila e Antônia Pitanga, São Sebastião totaliza três registros de malária em 2020. De acordo com o Ministério da Saúde, o índice coloca o município praiano na lista nacional de áreas de risco para a malária, já que registrou pelo menos um caso autóctone (contraído na própria cidade) nos últimos três anos.
Segundo uma publicação da OMS (Organização Mundial da Saúde), a malária é considerada pelo órgão como um dos problemas mais críticos de saúde pública do mundo. Em 2019, o Brasil registrou cerca de 150 mil infectados pela doença.
De acordo com o Governo Federal, 90% dos casos de malária no ano passado ocorreram na região amazônica.