Ex-chefe de Gabinete acusa Délcio Sato de perseguição após ordem de exoneração

Nuno e esposa foram exonerados no início do mês, após avaliação de nome para ano eleitoral; prefeito não se posiciona sobre o caso em Ubatuba

O ex-chefe de Gabinete, Ronaldo Dias e sua companheira, exonerados por Délcio Sato (Foto: Arquivo pessoal)

Da Redação
Ubatuba

Exonerado com sua companheira no início de dezembro, o ex-chefe de Gabinete de Ubatuba, Ronaldo Dias, o Nuno, denunciou o prefeito, Délcio Sato (PSD) por perseguição política. Os desligamentos teriam sido motivados pelo crescimento do nome de Nuno no cenário político da cidade, em destaque entre os servidores municipais para que o funcionário dispensado se candidatasse a prefeito na próxima eleição municipal.

Coordenador da campanha de Sato durante a corrida eleitoral de 2016, Nuno foi nomeado chefe de Gabinete no início do ano seguinte.

Para a surpresa do comissionado, pouco mais de dois anos depois ele foi transferido para o cargo de secretário de Serviços de Infraestrutura Pública. “Quando o Sato percebeu meu potencial político e o carinho que os servidores e a população sentiam por mim, me transferiu achando que iria me anular politicamente, mas a estratégia não deu certo, já que fizemos grandes avanços nos bairros mais carentes e meu nome começou a alcançar as ruas com muita força, ao ponto dele me transferir novamente de secretaria”, explicou Nuno.

Após ficar oito meses à frente da pasta de Infraestrutura, Nuno foi remanejado para a de Transportes, no início de 2019. De acordo com o comissionado, em sua primeira semana na nova função, ele conseguiu um equipamento, sem custos para o Município, que realiza a higienização da frota de ambulâncias e demais veículos oficiais, através de raios ultravioletas, mas segundo Nuno, a iniciativa não foi bem vista pelo chefe do Executivo. “Ele percebeu que não adiantaria me mudar de setor. Para qualquer lugar que ele me mandasse eu me destacava. Fui chamado ao gabinete e exonerado através do secretário de governo Wanderley Leite, tendo como justificativa o motivo ser político. Ele alegou que o Sato me considerava uma forte ameaça a sua reeleição”.

Para o descontentamento de Nuno, dois dias depois de seu desligamento, sua companheira foi exonerada do cargo de diretora de Especialidades da Secretaria de Saúde. “Ele deu sua palavra que não a desligaria, a fim de evitar que eu lançasse uma pré-candidatura, mas a exonerou por e-mail. Após isso tentou contato comigo por diversas vezes buscando conversar e ajustar uma aliança política. Mas não concordo com sua gestão e tão pouco com seus métodos. Nunca disse ao prefeito que seria candidato há nada, todas as atitudes dele foram baseadas em fofocas.

A reportagem do Jornal Atos solicitou um posicionamento do prefeito Délcio Sato, através da assessoria de Comunicação da Prefeitura de Ubatuba, mas nenhuma resposta foi encaminhada até o fechamento desta edição.

 

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