Estado anuncia medidas de prevenção a desastres naturais no Litoral Norte

Região recebe projeto piloto desenvolvido por órgão estadual; área é contemplada com R$ 2,5 milhões para modernizar sistema de monitoramento

Estragos das fortes chuvas que atingiram São Sebastião; região recebe projeto piloto do Estado (Foto: Divulgação PMSS)

Lucas Oliveira
RMVale

O Governo do Estado anunciou na última quinta-feira (31) que o Litoral Norte receberá um projeto piloto de prevenção a desastres naturais e um investimento de R$ 2,5 milhões para a otimização de seu sistema de monitoramento de eventos meteorológicos. A região é foco de ações e planejamentos após sérias ocorrências registradas, com destaque para os deslizamentos de 2023, em São Sebastião.

O projeto piloto consiste no funcionamento de uma plataforma capaz de identificar e apontar os riscos de registros de desastres naturais. Desenvolvida pelo IPA (Instituto de Pesquisas Ambientais) e instalada na capital paulista, a ferramenta possibilitará que os técnicos do órgão estadual analisem dados geológicos, meteorológicos e oceanográficos de Caraguatatuba, Ilhabela, São Sebastião e Ubatuba. Através da utilização do recurso tecnológico, a equipe do IPA terá condições de alertar de forma mais ágil as autoridades e a população do Litoral Norte sobre situações de emergência.

De acordo com o Estado, o Litoral Norte foi escolhido para receber o projeto piloto devido ao seu histórico recente de desastres naturais. Em 18 de fevereiro do ano passado, São Sebastião registrou a morte de 64 moradores do bairro Vila Sahy devido a um deslizamento de terra provocado por uma tempestade.

Além do início da fase de testes da ferramenta, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) anunciou que o IPA receberá um recurso de R$ 2,5 milhões para promover melhorias no atual sistema tecnológico de gestão de riscos e desastres naturais do Litoral Norte.

O montante será disponibilizado ao órgão estadual através da celebração de um convênio com o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) e a Fundepag (Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa do Agronegócio). A parceria possibilitará a criação de ferramentas de análise e identificação de riscos e de áreas vulneráveis, implantação de um novo sistema de alerta e monitoramento e ainda a criação de uma nova base de dados.

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