Em alerta, Ubatuba registra três casos de dengue em 2020

Município teme enfrentar nova epidemia; agentes recebem capacitação para otimização de dados

Trabalho de vistoria contra criadouros do mosquito da dengue, em Ubatuba; cidade mantém atenção (Foto: Reprodução PMU)

Lucas Barbosa
Ubatuba

Após enfrentar uma epidemia de dengue no ano passado, Ubatuba começou 2020 em sinal de alerta devido ao registro de três casos da doença em menos de uma semana. Para conter a proliferação do mosquito transmissor, o Aedes aegypiti, a Prefeitura aposta na intensificação de ações de conscientização e na utilização de uma ferramenta digital de coleta de dados.

De acordo com a Vigilância Epidemiológica de Ubatuba, até a última quinta-feira foram registradas 11 notificações, sendo 3 casos de dengue confirmados, 5 descartados e 3 que ainda aguardam o resultado de exames.

Entre os confirmados, dois são importados (vítimas foram infectadas em outras cidades) e um autóctone, contraído em Ubatuba.

O número preocupante levou a Prefeitura a promover durante a última semana uma capacitação para que cem agentes comunitários de saúde comecem a utilizar o aplicativo Sisamob (Sistema de Coleta de Dados Portátil) em suas ações de vistorias.

Desenvolvida pela Sucen (Superintendência de Controle de Endemias do Estado de São Paulo) e acessada através de celulares e tablets, a ferramenta funciona como uma plataforma digital onde são inseridos dados dos locais vistoriados, índices de larvas encontradas nos imóveis e números de casos suspeitos e confirmados. Na sequência, as informações são automaticamente encaminhadas a um banco de dados, dispensando a utilização de papéis, garantindo mais agilidade nas análises e tomadas de decisões por parte das secretarias de Saúde dos municípios. A expectativa da Prefeitura de Ubatuba é que os profissionais adotem a utilização do Sisamob em suas ações de vistorias a partir da próxima semana.

O Executivo promete intensificar as fiscalizações de imóveis para conscientizar a população sobre a necessidade de evitarem o acúmulo de água parada, principalmente em vasos e ralos, que possibilita a proliferação do mosquito transmissor da doença.

Em nota, a Prefeitura revelou que “os principais focos do mosquito continuam sendo estabelecimentos comerciais ou residenciais privados aos quais os agentes não têm acesso”.

As iniciativas tentam evitar que a cidade enfrente uma epidemia de dengue como a do ano passado, quando foram confirmados 1.482 casos. À época, em junho, um morador do bairro Estufa 1, de 91 anos, morreu em decorrência da doença.

 

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