Região promove ações de combate à violência doméstica

Cidades da RMVale adotam iniciativas contra exploração de mulheres, crianças e adolescentes, além de maus-tratos contra idosos durante confinamento

Violência doméstica teve um aumento de 44,9%; região amplia ações de combate (Foto: Elustrativa)

Wanessa Telles
RMVale

Depois do governo estadual estabelecer medidas de isolamento social para prevenir a disseminação do novo coronavírus, em março, o índice de notificações de violência domiciliar no estado de São Paulo apontou crescimento. Cidades da RMVale (Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte) têm adotado iniciativas para reforçar a segurança de mulheres, crianças, adolescentes e idosos durante o período de quarentena.

De acordo com o relatório divulgado no dia 20 de abril pelo FBSP (Fórum Brasileiro de Segurança Pública), o aumento de casos de violência doméstica no estado foi de 44,9% comparando dados do mês de março de 2019 e deste ano. A taxa de feminicídio também apresentou crescimento de 46,2%.

Segundo a vigilância da secretaria de Saúde de Aparecida, são pelo menos duas ocorrências de violência doméstica por semana notificadas através do Pronto Socorro, o que aponta que as vítimas socorridas já se encontravam em estágios avançados de violência física. No mês de fevereiro foram registrados casos como ameaças, lesão corporal e violência doméstica, em abril mais casos de violência física e feminicídio em 2019.

Com objetivo de acolher mulheres em situação de violência, a Prefeitura de Aparecida, com apoio da secretaria da Mulher, Desenvolvimento e Promoção Social e secretaria da Saúde, está promovendo a campanha “Isolamento social com respeito, mulheres isoladas, mas não sozinhas”. Foram expostas faixas de conscientização pela cidade com telefones para denúncia e os profissionais da saúde da região seguem oferecendo atendimento médico e encaminhamento aos serviços de apoio.

A delegada da DDM de Lorena (Delegacia de Defesa da Mulher) Dra. Adriane Gonçalves, contou que a cidade não apresentou aumento notável nos registros de violência doméstica e garante à população a segurança durante o período de isolamento social. “Todas as ocorrências feitas pela Delegacia Eletrônica nos são encaminhadas imediatamente e é dado prosseguimento imediato e todas as providências necessárias. Estamos à disposição da população como sempre estivemos, a Polícia Civil e a Segurança Pública continuam a todo vapor”.

A “Casa PodeRosa”, em São Sebastião, também está acolhendo mulheres vítimas de violência doméstica ou em situação de vulnerabilidade social. O espaço fornece assistência médica ginecológica, psicológica, social e jurídica. O atendimento é realizado pelo telefone (12) 99720-2157 para agendamento de horário.

Assim como a violência doméstica, o abuso e a exploração contra crianças e adolescentes e maus-tratos contra o idoso também é crime. Cidades como Cruzeiro, Pindamonhangaba, Potim e Guaratinguetá seguem com a conscientização a favor do direito de todas as vítimas que são negligenciadas de maneira opressora. Os números para atendimentos e denúncia podem ser encontrados na página do Facebook e sites oficiais das prefeituras.

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