Aquário de Ubatuba deve pedir reabertura à Justiça
Estabelecimento é fechado pela Vigilância Sanitária após aglomeração; responsáveis pela atração alegam caso isolado
Lucas Barbosa
Ubatuba
Após ter suas atividades suspensas no último final de semana após um suposto descumprimento do protocolo de prevenção ao contágio do novo coronavírus (Covid-19), o Aquário de Ubatuba revelou nesta segunda-feira (3) que pretende recorrer à Justiça contra a decisão da Prefeitura. Impedida de reabrir as portas do estabelecimento por tempo indeterminado, a direção da unidade nega a ocorrência de constantes aglomerações no local.
De acordo com a Prefeitura de Ubatuba, agentes da Vigilância Sanitária receberam uma denúncia no último dia 26 sobre aglomerações na entrada do Aquário, que fica na tradicional rua Guarani no bairro Itaguá. Ao verificar a situação, a equipe municipal flagrou uma fila formada na calçada por visitantes que não respeitavam a exigência de manterem uma distância mínima de dois metros dos demais. Segundo o Executivo, ao contrário do estabelecido pelo protocolo de prevenção ao contágio da Covid-19, o estabelecimento na ocasião não disponibilizou funcionários para atuarem na organização da fila, contribuindo para o aumento do risco de contaminação entre os frequentadores.
Após analisar o fato, a Vigilância Sanitária ordenou no último sábado (1) o fechamento do Aquário. De acordo com o orgão, a unidade só poderá retomar suas atividades assim que sua direção comprovar as medidas que serão adotadas para evitarem aglomerações no acesso ao Aquário, procedimentos que serão avaliados numa nova etapa de fiscalização, que ainda não possui data marcada.
Um dos principais empreendimentos privados do país dedicados à exibição de animais marinhos, o Aquário de Ubatuba havia sido liberado para retomar seu funcionamento no último dia 17, após aval do prefeito, Délcio Sato (PSD).
Em nota oficial à imprensa regional, a direção do Aquário de Ubatuba negou irregularidades no cumprimento do protocolo de saúde e explicou que a aglomeração ocorreu durante menos de uma hora no último dia 26, quando excepcionalmente se formou uma fila na porta enquanto era realizada a higienização interna do estabelecimento, procedimento que ocorre diariamente a cada três horas.
Além de ressaltar que o caso foi algo isolado, o comando da unidade afirmou que desde o dia seguinte ao fato, adotou uma série de medidas para evitar que ele se repetisse, como a comercialização de ingressos apenas com horários após o procedimento de pulverização interna e disponibilização de funcionários para garantir o distanciamento na fila. O documento ressalta ainda que desde a reabertura do prédio foram tomadas diversas ações de prevenção como: implantação de um túnel de desinfecção através de gás ozônio, medição de temperatura dos visitantes, obrigatoriedade do uso de máscaras, disponibilização de recipientes de álcool em gel e instalação de esterilizadores de ar.
A direção do Aquário revelou ainda que caso a Prefeitura não reavalie sua decisão nos próximos dias, ela solicitará à Justiça a permissão para a reabertura do empreendimento.