Agências dos Correios seguem operando de forma parcial na região
Sindicato afirma que greve conta com adesão de 75% da categoria na RMVale; trabalhadores reivindicam reajuste salarial e mudanças
Lucas Oliveira
RMVale
Os funcionários dos Correios mantêm nesta segunda-feira (12) o movimento de greve nas agências e postos da estatal espalhados pelas 39 cidades da região. Além de reajuste salarial, os trabalhadores cobram a ampliação do efetivo e mudanças no convênio médico.
Com adesão na manhã da última quinta-feira (8) pelos trabalhadores que atuam na região, a greve foi iniciada no dia anterior na capital paulista após uma assembleia convocada pelo Sintect-SP (Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios Telégrafos e Similares de São Paulo). Além do estado de São Paulo, o movimento foi também deflagrado na semana passada em Alagoas, Ceará, Maranhão, Paraná, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Tocantins.
O sindicato reivindica um reajuste salarial de 5% ainda neste ano e um aumento de R$ 300 para os quase 105 mil funcionários da estatal. Além da realização de um concurso público para a contratação de mais profissionais, a categoria cobra também a redução do desconto salarial referente ao plano de saúde, que, segundo o Sintect-SP, chega a comprometer mais de 30% dos ganhos de um número expressivo de trabalhadores. O movimento grevista foi deflagrado após a categoria e a direção do Correios não entrarem em um acordo sobre mudanças após uma negociação iniciada no primeiro semestre deste ano.
Procurado pela reportagem do Jornal Atos na manhã desta segunda-feira, o Sintect-VP (Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios Telégrafos e Similares do Vale do Paraíba e Litoral Norte) informou que a greve conta com a adesão de 75% do efetivo da estatal na região, formado por 1,2 mil servidores.
O Sintect-VP explicou que apesar do protesto, as agências, centros de distribuição e postos do Correios estão funcionando de forma parcial, garantindo que a população tenha acesso a diversos serviços.
A expectativa dos grevistas é de que nesta semana ocorra uma nova rodada de negociações entre os representantes da categoria e a direção da estatal. Dessa maneira, ainda não há uma previsão de quando as unidades dos Correios de nove estados passarão a funcionar com o seu efetivo completo.