Com 1,7 mil casos em um ano, Potim intensifica ação para conter epidemia de dengue

Cidade fechou 2019 com mais de 1,6 mil registros; são cem notificações nos dez primeiros dias desse ano

Agentes de vetores durante ação de combate a dengue; Potim segue em alerta com epidemia da doença  (Foto: Reprodução)

Rafael Rodrigues
Potim

O ano começou com uma dura batalha entre as autoridades de saúde de Potim e um simples mosquito: o Aedes aegypti, transmissor da dengue. A cidade contabiliza desde o início de 2019 mais de 1,7 mil casos da doença.

Em 2019, o ano fechou com mais de 1,6 mil notificações positivas. Somente nos dez primeiros dias deste ano, já são mais de cem pessoas diagnosticadas. Se comparado com anos anteriores, os casos tiveram aumento estratosféricos. Em 2017 e 2018 a cidade registrou 2 e 5 casos de dengue, respectivamente.

Para enfrentar o caos causado pela doença, a Prefeitura tem intensificado as ações para identificar locais que possam ter focos do mosquito transmissor. Segundo estimativas do Ministério da Saúde, 80% dos criadouros estão localizados em residências e terrenos particulares.

Em posse desses dados, a administração municipal iniciou no ano passado, a busca por terrenos que pudessem ser propícios para proliferação do inseto. Só em 2019 mais de oitocentos terrenos foram autuados. “A gente intensificou a fiscalização dos terrenos e agora vamos fazer a multa se o proprietário não limpar o local. A princípio, a primeira multa é de R$ 300, mas o valor pode aumentar consideravelmente”, explicou o chefe da fiscalização de Potim, Roni Salvador.

Salvador falou também dos trâmites burocráticos para apertar a fiscalização dos proprietários. “A partir da notificação, damos um prazo de dez dias para limpeza do local. Em se mantendo a situação de abandono, aplicamos a primeira multa e na sequência, aumentamos os valores”, afirmou.

Um dos principais problemas atribuídos pelas autoridades é a resistência de alguns moradores, que se negam a deixar os agentes de saúde a entrarem nas residências. “Nós temos uma lei federal que diz que podemos entrar nas residências e devemos fazer isso, porque já fizemos vários arrastões e mesmo assim há muita recusa e casas fechadas”, contou a secretária de Saúde, Rodnéia Paixão.

A secretária revelou que para contribuir para o cumprimento da e facilitar o trabalho dos agentes de endemias, a cidade contará também com o apoio de soldados do 5º BIL (Batalhão de Infantaria Leve de Lorena). “Nós começamos o arrastão em alguns bairros, trabalhando com agentes comunitários, setor de obra, fiscalização e agora 10 soldados vão nos ajudar ainda mais para que possamos verificar todas as casas da cidade”, finalizou.

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