Pinda busca saída para não perder o Samu

Consórcio pressiona Isael por dívida herdada de Vito; população cobra manutenção do serviço

Lucas Barbosa
Pindamonhangaba

Viatura do Samu; manter serviço é a nova missão do governo de Isael Domingues, em Pindamonhangaba (Foto: Arquivo Atos)
Viatura do Samu; manter serviço é a nova missão do governo de Isael Domingues, em Pindamonhangaba (Foto: Arquivo Atos)

Após a ameaça de ser excluída do consórcio que administra o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), Pindamonhangaba negocia o parcelamento da dívida e a revisão do contrato. Com uma pendência de quase R$ 800 mil, o Município corre contra o tempo para regularizar a situação.

Na última segunda-feira, o Cisamu (Consórcio Intermunicipal do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência do Vale do Paraíba e da Região Serrana), presidido pelo prefeito de Taubaté, Ortiz Junior (PSDB), revelou que Pinda não efetuou o pagamento de novembro e dezembro pelo serviço.

Na ocasião, a direção do Consórcio ressaltou que já cobrou por duas vezes o pagamento da dívida e que foi aberto um procedimento administrativo para a possível exclusão de Pindamonhangaba.

Além de Taubaté e Pinda, também integram o Cisamu Campos do Jordão, Tremembé, Santo Antônio do Pinhal, Lagoinha, Redenção da Serra, Natividade da Serra e São Luiz do Paraitinga.

Para não perder o Samu, que opera desde novembro na cidade, a Prefeitura lamentou o déficit, contraído pela gestão do ex-prefeito Vito Ardito (PSDB). Em nota oficial, o Executivo revelou que “já iniciou as tratativas para parcelar a dívida da gestão passada, e que também negocia com o consórcio a revisão dos valores do contrato”.

De acordo com o Município, os custos anuais para manter-se no consórcio são de cerca de R$ 4,8 milhões, e a administração passada não deixou orçamento previsto para este pagamento. A nota revelou também que até o fim desta semana os prefeitos que integram o consórcio se reunirão para concluir o caso.

A notícia da possível exclusão de Pinda do Cisamu gerou preocupação nos moradores, principalmente nos que já precisaram do serviço. “Tive que chamar o Samu porque minha mãe desmaiou em casa. A equipe chegou muito rápido e depois de medir a pressão e diabetes, levaram ela para o Pronto Socorro. Eles foram atenciosos com a gente e acho que o Samu foi a melhor coisa que aconteceu no setor da saúde de Pinda. Tomara que a Prefeitura se mexa e resolva isso logo, já quem vai sair perdendo é o povo”, afirmou a aposentada Maria de Fátima Querino.

Plano B – Em nota oficial, o Executivo afirmou que “qualquer que seja a resposta do consórcio, a cidade é uma das poucas da região que conta com duas redes de atendimento de emergência. Além do Samu, Pinda tem um contrato com a empresa Emercor que já prestava o serviço de assistência emergencial”.
O Município explicou ainda que após a decisão das negociações, somente um dos contratos será mantido.

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