Dívida de Edson Mota causa bloqueio de mais de R$ 72 mil dos cofres de Silveiras

Ex-prefeito não repassou ajuda para entidades assistenciais em 2015; com financeiro combalido, Guilherme quita quase metade da pendência

O prefeito de Cachoeira, Edson Mota, que deixou dívida em Silveiras (Foto: Arquivo Atos)
O prefeito de Cachoeira, Edson Mota, que deixou dívida em Silveiras (Foto: Arquivo Atos)

Lucas Barbosa
Silveiras

O Ministério Público do Estado determinou, na última segunda-feira, o bloqueio de R$ 72,5 mil das contas da Prefeitura de Silveiras. A liminar é baseada na falta de pagamento de um repasse para duas entidades assistênciais de Cachoeira Paulista, durante o governo do ex-prefeito Edson Mota (PR).

Em 2015, a Câmara de Silveiras aprovou um repasse para as instituições Berço Redenção e Lar das Crianças Benevides, que atendem crianças e jovens que foram retirados do convívio familiar a mando da Justiça. Além de Cachoeira, as instituições acolhem meninos e meninas de Cruzeiro e Silveiras.

Mesmo com o aval legislativo, a Prefeitura não repassou o dinheiro para as instituições. Após a abertura de uma ação civil pública em 2016, o Ministério Público acabou ordenando o bloqueio do dinheiro municipal.

De acordo com prefeito, Guilherme Carvalho (PSDB), ele já efetuou o pagamento de R$ 35 mil, já os R$ 37,5 mil restantes serão pagos em até trinta dias. “Lamentavelmente a antiga gestão deixou outro ‘presente de grego’ para nós. Já que eles não permitiram o período de transição, fomos pegos de surpresa. Resolveremos essa situação da melhor maneira possível, porque sabemos que as entidades contavam com esse recurso”.

A diretora do Berço Redenção, Helena Fontes, comemorou a decisão do MP. “Na época, fomos muito prejudicados por essa situação. Atualmente assistimos 12 crianças e contamos com o apoio de doações. Achei essa atitude do MP muito justa. Até o momento não temos convênio para continuar atendendo as crianças de Silveiras”.

O Jornal Atos solicitou ao ex-prefeito de Silveiras, Edson Mota (PR), atualmente prefeito de Cachoeira Paulista, um posicionamento sobre o caso, mas até o fechamento desta edição ele não havia encaminhado uma resposta.

Herança maldita – De acordo com Guilherme Carvalho, o município foi informado nesta última semana que terá que pagar cerca de R$ 1 milhão de FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) para os servidores municipais e mais de R$ 200 mil de ISS (Imposto Sobre Serviços). “Nossa única saída é buscar o parcelamento desta dívida. A falta de gestão e comprometimento do ex-prefeito acabou nos obrigando a enfrentar muitas dificuldades nesse início mandato”, criticou.

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