Ministério do Trabalho aprova adesão do PPE na Confab

Medida busca evitar novas demissões na cidade; salário e jornada da empresa serão reduzidos com programa

Lucas Barbosa
Pindamonhangaba

O Ministério do Trabalho aprovou na última terça-feira o pedido da empresa Tenaris Confab, instalada em Pindamonhangaba, para a adesão do PPE (Programa de Proteção ao Emprego). Além da jornada, o salário de aproximadamente 750 trabalhadores será reduzido.

Relatando problemas financeiros, no dia 13 de junho a Confab, fabricante de tubos, anunciou que pediu ao Ministério do Trabalho que fosse autorizada a implantação do PPE. O programa contribui para que não ocorram demissões em momentos de retração econômica. O programa busca dar “fôlego” às empresas que precisam diminuir suas atividades para cortar gastos.

Em nota oficial, a Confab explicou que além de evitar demissões, o sistema foi adotado para equilibrar a produção à recessão da economia e mercado.

Com a implantação do PPE, que será iniciado a partir do próximo dia 5, os funcionários da produção, que terão estabilidade garantida, folgarão às sextas-feiras e sábados. A estimativa da empresa é que o percentual de redução salarial seja de 12,5% e de jornada de trabalho em 27%.

Esta não foi à primeira ação tomada pela Confab para enxugar as despesas, já que desde abril foi adotado junto aos trabalhadores do setor administrativo o sistema de ‘worksharing’ que acaba obrigando os funcionários a não trabalharem na sexta-feira, mas não conta com subsidio federal.

Trabalhador – De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de Pindamonhangaba, a expectativa é que devido à aprovação do PPE no setor de produção da Confab, cerca de duzentos empregos foram preservados.

Colocado em assembleia no início do mês passado, os trabalhadores da Confab haviam aprovado o PPE. “A medida é amarga, mas necessária, pois evitou mais de 200 demissões, que são o excedente que a Confab alega ter. O PPE é um programa que nasceu do movimento sindical e dá garantia de emprego aos que estiverem no programa. Tivemos que fazer protesto para abrir essa negociação e enfim ele entrará em vigor”, explicou o presidente do sindicato, Herivelto Moraes.

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