Depois de reunião com os bombeiros, Pinda estuda municipalização do Samu

Isael tenta viabilizar retorno do serviço; alternativa representa economia superior a R$ 1 milhão à cidade

Ambulância do Samu, que deixou de fazer o atendimento de emergência em Pinda após fim de contrato (Foto: Arquivo Atos)
Ambulância do Samu, que deixou de fazer o atendimento de emergência em Pinda após fim de contrato (Foto: Arquivo Atos)

Lucas Barbosa
Pindamonhangaba

Duas semanas após o fechamento da base do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) de Pindamonhangaba, o prefeito Isael Domingues (PR) participou de uma reunião com representantes do Corpo de Bombeiros na última segunda-feira para debater a possibilidade do retorno do serviço. A proposta, que também foi discutida esta semana na Câmara, sugere a municipalização do Samu.

O prefeito Isael, que busca acordo (Foto: Arquivo Atos)
O prefeito Isael, que busca acordo (Foto: Arquivo Atos)

Durante o encontro com o comandante do Corpo de Bombeiros de Pindamonhangaba, Paulo Roberto Reis, o chefe do Executivo explicou que o ‘Samu Municipal’ poderia ser viabilizado através da Atividade Delegada, ação que contrata policiais militares para trabalharem para a Prefeitura durante suas folgas.

Em contrapartida ao investimento na contratação dos trabalhadores, a corporação disponibilizaria os equipamentos e ambulâncias.

Após a reunião com o chefe do Executivo, a proposta de municipalização do serviço será encaminhada pelo Corpo de Bombeiros de Pinda ao comando geral da corporação.

A cidade deixou o Cisamu (Consórcio Intermunicipal do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) no dia 23 de fevereiro, alegando falta de condições financeiras para arcar com a despesa anual de quase R$ 5 milhões. Uma dívida de R$ 1,5 milhão com o consórcio foi deixada para trás e será paga em parcelas.

Com a saída do Cisamu, atualmente o município mantém o serviço de urgência e emergência através do contrato com a empresa Emercor, que atende a cidade desde 2012, e com a Clínica Médica Vale Guaratinguetá.

Na semana passada, Domingues participou de uma reunião com o ministro da Saúde, Ricardo Barros, onde foi protocolado um pedido para que a cidade volte a contar com o serviço através de uma nova modalidade de contrato.

Sessão – A ideia da possível municipalização do Samu foi apresentada por Domingues e pela secretária de Saúde, Valéria dos Santos, aos vereadores na sessão de Câmara da última segunda-feira. A chefe da pasta ressaltou que a alternativa representaria uma economia de quase R$1,3 milhão comparada a antiga modalidade de consórcio, adotada pela antiga gestão municipal.

Enquanto o convênio com o Cisamu requeria um investimento anual de R$4.782.000, o ‘Samu Municipal’ necessitaria de R$ 3,491 milhões. “Neste momento que estamos buscando soluções mais viáveis, essas parcerias são fundamentais. Ainda mais uma instituição como o Corpo de Bombeiros, que tem credibilidade e eficácia em suas funções. Não está se falando de economia na saúde e sim responsabilidade financeira. O que se tem que fazer é dar um tempo para a administração resolver esta questão”, afirmou Domingues.

O chefe do Executivo ressaltou aos parlamentares que se esforçará para que em breve a cidade conte novamente com o serviço. “Não vou abrir mão de ter a gestão da cidade para oferecer o melhor para a população. Só precisamos ter os pés no chão e não fazer besteira para não jogar o dinheiro pelo ralo. Sou médico e sei da responsabilidade que é o Samu, e vocês o terão de volta, podem ter certeza, mas dentro dos critérios de eficiência, eficácia, efetividade e economicidade”.

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