Casa tomada por lixo causa protestos no Crispim
Cômodo interno da casa, com a presença de colchões, sacos, papéis e utensílios aparentemente imprestáveis
Fábio Seletti
Pindamonhangaba
Moradores da travessa Ana Goffi, no bairro do Crispim, em Pindamonhangaba, têm passado maus bocados com uma das casas do local. Repleta de lixo, ela é foco de reclamações, que aumentam com a resistência do morador que não aceita retirar os entulhos.
De acordo com os vizinhos, o locatário se recusa a cooperar.
O conflito começou há cerca de oito meses, com a vinda do novo morador, juntamente com os montantes de objetos.
Os vizinhos se queixam de vários problemas. A proliferação de animais peçonhentos, como ratos, baratas e pulgas, além do perigo de incêndio, mau cheiro e maus tratos com dois cachorros que ficam na casa, revoltam quem mora e passa pela travessa.
Segundo os moradores locais, a casa serviria apenas de depósito. “Esse Carlos Eduardo, que aluga a casa, não mora ali e vem de vez em quando colocar alimentos e água para os animais”, contou um dos moradores.
José Bicudo, vizinho da casa 69, relatou que “tentou várias vezes” chegar a um consenso com Carlos Eduardo, mas que conclui que com ele “não tem acordo e que teria sugerido ao morador que levasse os cães para aonde estaria morando, pois já teria ficado oito dias sem visitar os animais.
A esposa de José Bicudo, Maria Jurema Bicudo contou que um rato “quase pegou” seu pé. “Ele costuma dizer que a casa está limpa, mas está uma imundície”, criticou.
Outra moradora do local, Elisa da Silva Gonçalves também reclamou do comportamento do vizinho. Segundo ela, “até a chegada de Carlos Eduardo, as pessoas que moram na travessa não tinham complicações com ratos, pulgas e insetos”. “Antes não tínhamos problemas com cachorros de madrugada, agora ficam latindo durante a noite”.
O locatário da casa, Carlos Eduardo, se defendeu. Ele disse que a comida e água que oferece aos seus animais “são de qualidade” e que não haveria pulgas no local. Ele contou que passa por dificuldades financeiras, o que dificultaria a retirada dos entulhos. “Eu quero resolver isso no máximo em 15 dias”, prometeu.