Câmara de Pinda barra busca de verbas para pavimentação
Recursos destinados a melhorias de nove bairros e lâmpadas convencionais por LED vira alvo de crítica na última sessão do ano
Da Redação
Pindamonhangaba
Em sessão polêmica, vereadores de Pindamonhangaba barraram projetos que pretendiam a recuperação de 39 mil m² de vias, distribuídas por nove bairros, e iluminação pública, que implantaria lâmpadas LED nas principais vias da cidade. A sessão de Câmara que rejeitou os dois projetos do Executivo que solicitavam autorização para o financiamento de até R$ 9 milhões junto ao Banco do Brasil ocorreu nesta segunda-feira. Após o resultado, o prefeito Isael Domingues (PL) afirmou que a decisão dos vereadores comprometerá o planejamento municipal de promover melhorias na pavimentação e iluminação pública da cidade.
A primeira proposta discutida pedia o aval do Legislativo para que o Município contraísse um empréstimo de até R$ 4 milhões para investir em obras de infraestrutura viária, através de recapeamento asfáltico e pavimentação em nove bairros. Para o descontentamento de Isael, o projeto foi rejeitado por 8 votos a 2.
Votaram favoravelmente os vereadores Jorge Pereira, o Jorge da Farmácia (PL) e Gislene Cardoso (DEM), em contrapartida foram contrários Carlos de Moura, o Magrão (PL), Jânio Ardito (PSDB), Antônio Alves, o Toninho da Farmácia (PSDB), Osvaldo Macedo, o Professor Osvaldo (PL), Rafael Goffi (PSDB), Renato Nogueira, o Renato Cebola (PV), Roderley Miotto (PSDB) e Ronaldo Pinto, o Ronaldo Pipas (PL).
O grupo desfavorável justificou que o financiamento poderia prejudicar o equilíbrio financeiro do Município, correndo o risco de se endividar futuramente.
O segundo projeto do Executivo, que solicitava autorização para um empréstimo de até R$ 5 milhões para a modernização do sistema de iluminação pública da cidade, foi rejeitado por 7 votos a 3. Somente Gislene Cardoso, Jorge da Farmácia e Toninho da Farmácia foram favoráveis.
Assim como na primeira proposta, os contrários alegaram que o pedido do prefeito poderia comprometer a saúde financeira do Município.
Uma nova discussão sobre as propostas só pode voltar à Casa em 2020.
Críticas – De acordo com a Prefeitura, os recursos para a pavimentação recuperariam 39 mil m² de vias, distribuídos por nove bairros.
A proposta para a iluminação pública, que implantaria lâmpadas LED (mais econômicas que as atuais), contemplaria as principais vias da cidade, garantindo mais segurança à população e economia aos cofres municipais. “Não vamos desistir de trabalhar por uma cidade melhor, porém a população que aguarda essas melhorias há tanto tempo irá perder muito, pois vai ter que esperar mais tempo para que essas obras aconteçam”, lamentou Isael
O prefeito rebateu também o argumento de vereadores que afirmaram que “Pinda está endividada”. Isael ressaltou que a cidade possui um dos menores índices de comprometimento financeiro com financiamentos da região, tendo apenas 2,78% de sua receita destinada para o pagamento de empréstimos.
Para o vice-prefeito e secretário de Governo, Ricardo Piorino, a maioria dos vereadores pensaram na próxima eleição e não na população. “Prejudicando não só os moradores dos bairros, mas de toda cidade, que utilizam essas vias públicas e precisam de asfalto de melhor qualidade”.
A decisão da Câmara também desagradou o líder comunitário do Araretama, Fábio Duarte. “Foi um grande prejuízo, pois o Araretama clama por essa melhoria há muitos anos e o asfalto está muito antigo. Infelizmente os vereadores não votaram a favor do povo”.
Acompanhando a sessão, Marcílio, morador da rua Aloisio Ivahy Dantas da Gama, criticou a decisão no plenário. “Espero que o povo dê o troco nas próximas eleições para esses vereadores, que no meu entendimento trairam a população, pois essa obra é muito importante para o Santana”, afirmou.