Apesar de intervenção, reforma do Pronto Socorro de Pinda entra na segunda fase
Contando com recursos estaduais e municipais, obra de recuperação não compromete rotina de atendimento na cidade
Lucas Barbosa
Pindamonhangaba
Sob intervenção administrativa da Prefeitura de Pindamonhangaba desde a última semana, o Pronto Socorro Municipal entrou no último dia 8 na segunda fase de sua reforma, iniciada no segundo semestre do ano passado. Com um investimento superior a R$ 2 milhões, a expectativa é que o serviço seja concluído até o fim do ano.
Iniciada em agosto de 2017, a recuperação do prédio foi viabilizada através de investimento estadual de cerca de R$ 1,5 milhão e uma contrapartida municipal de aproximadamente R$ 800 mil. A primeira fase, concluída na última semana, consistiu na recuperação e adequação do primeiro andar da unidade, que passou a abrigar os pacientes submetidos aos atendimentos médicos, ambulatoriais e de observação.
Mesmo recebendo a segunda etapa da reforma, o térreo do Pronto Socorro permanecerá usado para atendimentos de urgência e emergência. O pavimento inferior também conta com um consultório para pacientes com dificuldades de locomoção. “Pedimos a compreensão da população neste novo momento das obras. Estamos cientes que haverá certo conflito, mas será temporário para que a reforma seja concluída. Ao final, teremos o dobro do espaço de atendimento do PS. Serão dois andares, elevadores e uma ala exclusiva para atender as crianças”, contou o prefeito Isael Domingues (PR).
Após a conclusão da segunda etapa da obra, a seguinte recuperará a parte de trás do prédio.
Além de ressaltar a importância da obra, a secretária de Saúde e Assistência Social, Valéria dos Santos, revelou a expectativa sobre o prazo de conclusão da reforma. “Esta recuperação é uma antiga reivindicação da população, que cobrava um prédio mais adequado e moderno. Além do atendimento aos pacientes, contribuirá positivamente para a atuação das equipes médicas. Nossa meta é que a reforma seja finalizada em dezembro deste ano”.
Intervenção – No último dia 6, a Prefeitura anunciou intervenção administrativa no Pronto Socorro. Em nota oficial, o Executivo justificou que a medida foi tomada porque “a ABBC estava perdendo contratos regionais de fornecedores, indícios de que a entidade enfrenta problemas financeiros”.
A atual gestão também afirmou que a empresa cometeu outras falhas como a falta de apresentação de prestação de contas e de comprovantes de pagamentos de seus funcionários e fornecedores.
A previsão é que a intervenção ocorra até 6 de julho, podendo ser prorrogada por até seis meses.
De acordo com a secretária de Saúde, Valéria dos Santos, a intervenção não alterou a qualidade do serviço prestado aos pacientes do Pronto Socorro, que continua contando com a mesma equipe médica e demais funcionários.
Em resposta, a ABBC emitiu um comunicado oficial classificando como “inverdades” as acusações feitas pelo Executivo.
Além de afirmar que a Prefeitura cometeu um ato ilegal e arbitrário, a organização social revelou que levará o caso à Justiça.