Cassada, Teca tenta reverter decisão na justiça

Acusada de abandonar prédios públicos, ex-prefeita garante que cidade não tinha verba para trabalhos; Xeroso assume Prefeitura

Teca Gouvêa, que teve o mandato de prefeita cassado, na última quarta-feira, pela Câmara de Piquete (Foto: Arquivo Atos)
Teca Gouvêa, que teve o mandato de prefeita cassado, na última quarta-feira, pela Câmara de Piquete (Foto: Arquivo Atos)

Lucas Barbosa
Piquete

Há mais de cinco anos à frente da Prefeitura de Piquete, Ana Maria de Gouvêa, a Teca (PSB), teve seu mandato cassado pela Câmara na tarde da última quarta-feira. Após a cassação, motivada por uma denúncia de abandono de prédios públicos, o vice-prefeito Agnaldo Almeida, o Xeroso (MDB), assumiu o Executivo.

Apresentada pelo presidente da Câmara, Mário Celso de Santana (PSD), em setembro do ano passado, a acusação apontou que a gestão de Teca, além de não utilizar cinco imóveis públicos, não prestou os devidos cuidados de manutenção e preservação. O abandono teria ocorrido em um centro de educação ambiental, duas escolas municipais, uma academia ao ar livre e um posto de saúde.

Aberta ao fim de fevereiro de 2018, a CIP (Comissão de Investigação Processante) foi presidida pelo vereador José Heloízio da Silva, o Heloízio do Marins (PTB) e teve como relator Claudinei Luiz de Moraes (PR) e Joaquim Alves, o Junhô (PP), como membro.

Após mais de oito horas de sessão extraordinária na última quarta-feira, a cassação de Teca foi aprovada por 8 votos a 1. O único parlamentar contrário foi Rodrigo Nunes (PHS), que classificou como “frágil” o motivo da cassação.

Por volta das 17h, outra sessão extraordinária empossou Xeroso como novo prefeito.

A gestão da ex-prefeita também é investigada por outra CEI (Comissão Especial de Inquérito), que apura a denúncia da compra de um imóvel em 2017, sem autorização legislativa.

Outro lado – Além de afirmar que enxerga sua cassação como uma perseguição política, Teca afirmou que levará o caso à Justiça, já que se sentiu prejudicada pela condução da investigação legislativa, que teria se negado a realizar pericias no prédio e a ouvir testemunhas. “Este ato não foi de ordem técnica, mas sim pessoal. Alguns destes prédios estão em desuso há mais de uma década. Além disso, devido ao seu baixo orçamento, a Prefeitura não tem condições de manter ativados todos os imóveis públicos. Vou recorrer e espero que esta injustiça seja revertida”.

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