Prefeitura de Lorena intensifica ações de limpeza do Rio Mandi para conter transbordamentos

Ação deve ser realizada de forma continua até 2018; famílias sofrem com transtornos devido aos alagamentos

Escavadeira da Prefeitura de Lorena, durante trabalho de desassoreamento no Rio Mandi, no Santa Edwiges (Foto: Lucas Barbosa)
Escavadeira da Prefeitura de Lorena, durante trabalho de desassoreamento no Rio Mandi, no Santa Edwiges (Foto: Lucas Barbosa)

Lucas Barbosa
Lorena

Para evitar novos alagamentos em diversos pontos de Lorena, a Prefeitura intensificou na última semana as ações de desassoreamento do Rio Mandi. A medida busca impedir que dezenas de famílias sofram com os transtornos causados pelo corriqueiro transbordamento do rio, que corta diversas regiões do município.

Na última semana, equipes da secretaria de Serviços Municipais utilizaram máquinas escavadeiras para limparem toda a extensão do Rio Mandi, que abrange os bairros do Santa Edwiges, Vila Geny, Vila Nunes e Vila Brito. De acordo com o Executivo, o trabalho de desassoreamento será realizado de forma contínua até o fim do primeiro semestre de 2018.

A ação da escavadeira na margem do Rio Mandi, no trecho do Santa Edwiges, trouxe alívio para a manicure Maria Regina Souza, 36 anos. Mãe de duas crianças, ela revelou que todo fim de ano começa a se preocupar com a chegada do verão, período marcado por fortes chuvas. Em fevereiro de 2011, Maria Regina teve sua casa invadida pelas águas do Rio Mandi, que transbordou após um temporal.

Além do sofá e guarda-roupas, ela perdeu um álbum de família que reunia as únicas fotos que tinha de seu pai, falecido em 2004. “Fiquei muito traumatizada, e até hoje toda vez que chove eu fico perto da esquina olhando se o rio vai subir. Nos últimos três anos não tive nenhum problema, mas mesmo assim teve algumas vezes que o rio transbordou um pouco”.

Maria Regina demonstrou sua indignação com os moradores que insistem em jogar lixo e entulho no rio, contribuindo para os transbordamentos. “Fico revoltada em ver o povo jogando porcaria aqui, eles fazem isso porque não moram tão perto do Mandi como a gente. Várias vezes a escavadeira da Prefeitura acaba de sair e tem gente que já joga lixo. Tomara que ano que vem minha família não pague pela falta de educação dos outros”.

Histórias de alagamentos causados pelo transbordamento do Rio Mandi não são exclusividades dos moradores do Santa Edwiges. O aposentado, Geraldo Pinto, 68 anos, que reside no Vila Geny, também descreveu o temor que os moradores do bairro sentem na época das fortes chuvas. “Desde que me mudei para cá, em 1987, já vi muita gente perder móveis e eletrodomésticos por causa da água. As ruas dessa parte de trás do bairro não absorvem bem a água. Espero que a Prefeitura limpe com mais frequência esse rio, porque vai ser difícil mais um ano ter que ver tudo alagado de novo”.

 

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