Prefeitura aguarda votação na Câmara para criar renda emergencial para 5,8 mil famílias carentes de Lorena

Com mapeamento de grupos de risco, projeto tem investimento de R$ 1,4 milhão para encaminhar bolsa social para moradores em alta vulnerabilidade

Pequenos moradores do Parque das Rodovias, em Lorena; cidade aguarda aprovação para criar ajuda à famílias carentes (Foto: Francisco Assis)

Da Redação
Lorena

Um projeto da Prefeitura de Lorena tenta amenizar os impactos da pandemia do novo coronavírus na população de baixa renda. A proposta para a criação do “Programa de Renda Emergencial Temporária” foi apresentada aos vereadores nesta quinta-feira e deve ser votada ainda na sexta-feira. A ideia é oferecer auxílio econômico para garantir apoio às famílias carentes da cidade.

Enquanto os governos estaduais e federais debatem as bolsas para garantir recursos aos mais pobres, os municípios planejam o destino de investimentos em momentos de cofres enxutos. Mas em Lorena, o governo de Fábio Marcondes (sem partido) surpreendeu ao anunciar o projeto com investimento de R$ 1.432.558,84 para a disponibilização de recursos, pagos em duas parcelas, para 5.851 famílias em situação de extrema pobreza e vulnerabilidade no município.

De acordo com o texto, serão beneficiadas com a renda emergencial temporária as famílias cadastradas no CadÚnico da Assistência Social até 20 de março deste ano, consideradas em vulnerabilidade social.

A divisão dos atendidos será em: 1.177 famílias em situação de extrema pobreza, com renda per capita mensal de R$ 0 à R$ 89; mais 2.484 famílias em situação de pobreza, com renda per capita mensal de R$ 89,01 à R$ 178; e 2.190 famílias de baixa renda, com renda per capita mensal de R$ 178,01 a meio salário mínimo.

O “Programa de Renda Emergencial Temporária” vai disponibilizar R$ 122,42 por dois meses. O valor foi decidido com referência no valor médio dos repasses Programa Bolsa Família, na forma de cartão multirede.

O projeto foi assinado no último dia 15, quase um mês após a cidade decretar emergência em saúde pública e adoção de medidas temporárias e emergenciais de prevenção de contágio pela Covid-19.

Sobre os impactos econômicos da emergência sanitária, o texto destaca que “…A população mais afetada pela crise será aquela que já estava em condições de vulnerabilidade social e econômica. Essa população, em Lorena, pode ser identificada pelo Cadastro Único, que é à base de dados do Governo Federal sendo ali registradas as informações socioeconômicas das famílias de baixa renda domiciliadas no território brasileiro, que são aquelas que possuem uma renda mensal de até meio salário mínimo por pessoa”.

A Prefeitura frisou que o benefício poderá ser cancelado antes de seu prazo final caso seja constatada alguma irregularidade na obtenção.

Pontuais – A proposta revela ainda um levantamento para mapear áreas de maior necessidade. Segundo a Prefeitura, os bairros com maior concentração de famílias em vulnerabilidade são: Parque das Rodovias, Cecap, Cidade Industrial, Bairro da Cruz, Vila Passos e Santo Antônio.

Após reunião com os vereadores da cidade, na manhã desta quinta-feira, a expectativa do Executivo é que o projeto seja votado em sessão extraordinária da Câmara, ainda nesta sexta-feira e, em seguida, encaminhada para a sanção de Marcondes.

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