Morte de criança é investigada como suspeita de espancamento em Lorena

Polícia Civil aguarda resultado de necropsia; moradoras do Cecap tentam linchar a mãe da criança

A delegacia da Polícia Civil que investiga caso de morte de menino de apenas dois anos em Lorena (Foto: Arquivo Atos)
A delegacia da Polícia Civil que investiga morte de menino de apenas dois anos em Lorena (Foto: Arquivo Atos)

Da Redação
Lorena

A Polícia Civil abriu inquérito na última segunda-feira para investigar a morte de um menino de dois anos por suspeita de espancamento em Lorena. A mãe e o padrasto da criança, que sofria de uma má formação cerebral, serão intimidados esta semana para prestarem depoimento sobre o caso.

O menino deu entrada no Pronto Socorro por volta das 20h do último domingo após a mãe, uma adolescente de 17 anos, acionar o resgate. A jovem informou aos médicos que a criança havia se machucado após escorregar na sua casa, localizada no Cecap Alta, região popularmente conhecida como Boreu.

Enquanto atendiam o paciente, a equipe médica desconfiou que ele houvesse sido vítima de agressões devido à presença de hematomas. Além da tomografia, que identificou que criança tinha uma má formação cerebral grave, outro exame apontou a existência de fraturas no corpo.

O Conselho Tutelar foi acionado e um boletim de ocorrência registrado. Já na manhã da última segunda-feira, o estado de saúde do garoto teve complicações e ele acabou morrendo.

A Polícia Civil aguarda o resultado da necropsia, que deve ser revelado em até trinta dias, para avançar no inquérito, registrado como morte suspeita e averiguação de maus tratos.

A reportagem do Jornal Atos entrou em contato com o Conselho Tutelar, que informou que não se pronunciará, pois o caso está sob sigilo.

Revolta – De acordo com um morador do Cecap, que pediu para não ser identificado, um grupo de moradoras tentou linchar a mãe da criança na madrugada da última terça-feira, a acusando de não ter tentado impedir seu companheiro de agredir a criança. Na ação, o grupo teria tentado invadir a casa da família.

A reportagem do Jornal Atos entrou em contato com a Polícia Civil para averiguar as afirmações, mas até o fechamento desta edição nenhuma autoridade foi localizada para comentar o caso.

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