Marcondes promete ritmo alucinante em Lorena após rejeitar “campanha mais suja e baixa da cidade”
Em entrevista ao Atos no Rádio, prefeito destaca motivos que o levaram a ficar de fora da disputa eleitoral
Da Redação
Lorena
A informação que caiu como uma bomba no cenário político de Lorena foi confirmada pelo prefeito Fábio Marcondes (PSDB) nesta segunda-feira. Em participação no programa Atos no Rádio, da Rádio Cultura, o tucano disse que não será candidato à reeleição em Lorena. Ele garante que seu projeto agora é finalizar o mandato com dez meses de ritmo acelerado na cidade.
Eleito com 21.119 votos (44,36% do total de votos válidos), Marcondes assumiu a Prefeitura que havia passado por uma grave crise política, com trocas de prefeitos, entre Paulo Neme e Marcelo Bustamante, em meio a três processos de cassação.
Ao assumir, ele destacou os cofres vazios, atrasos em salários (logo no primeiro mês enfrentou protestos na Educação e Saúde) e estrutura deteriorada em prédios e maquinário da administração.
Desde então, o prefeito, filho de Carlos Eugênio Marcondes (prefeito por duas vezes), passou a alternar momentos positivos, como a chegada do Eco Valle Shopping, regularização das finanças e início de obras no Mercado Municipal, galerias pluviais e sistemas viários, com cobranças em atrasos de obras do Estado, como o AME (Ambulatório Médico de Especialidades) e adiamentos da decisão de desapropriação da área invadida no Parque das Rodovias.
Na economia, a crise prejudicou, de acordo com Marcondes, o andamento de projetos e barrou o crescimento da cidade, com notícias como o fechamento da montadora de ônibus Comil, em janeiro.
Mas não foram somente os problemas administrativos que teriam desfeito o projeto do prefeito tucano da tentativa de um outro mandato. Ele afirmou que, situações pessoais o afastaram do projeto de disputar o que para Marcondes será “a eleição mais suja da cidade”.
Atos no Rádio – Como foi tomada essa decisão de ficar de fora da eleição?
Fábio Marcondes – Essa foi uma decisão equilibrada e que não tem o que se lamentar. O processo para que eu tomasse essa decisão de não ser candidato não tem uma ponto fixo, mas sim uma somatória no âmbito político, profissional e pessoal, que venha já pensando há algum tempo, confesso desde 2014. A única coisa que estou fazendo é renunciar a um direito constitucional de me candidatar novamente. Só isso. Até porque eu posso perder a eleição. Não tem nada garantido e se você vai para uma eleição, você pode perder.
Atos – Mas quais os fatores o levaram a tomar essa medida?
Marcondes – Sempre deixei claro, é que nunca fui a favor da reeleição. Falei isso em palanque, falei em debate político, porque não acho isso uma coisa amadurecida. Olha o exemplo de Lorena. Nós tivemos duas reeleições. O primeiro prefeito que teve a eleição (Aloísio Vieira 1997-2004) teve um primeiro mandato muito dinâmico e um segundo muito problemático, fraco. Depois veio o do Dr. Paulo Neme (2005-2012), que não é preciso nem comentar a tragédia administrativa e financeira que foi. Quando ganhamos, colocamos em prática esse processo de recuperar a cidade, em relação ao comportamento político, a forma de se tocar uma administração, a transparência, embora muitos falam que sou autoritário, ninguém é, só cumprimos a lei.
Atos – Como foi para você decidir isso, há oito meses da eleição?
Marcondes – Em 2013, tivemos um ano de muitas dificuldades e a partir de 2014 fui ponderando. Aí, o que não é mais importante, entra em debate questões pessoais. Se eu ganho a eleição, vou sair com 62 anos de idade da Prefeitura, tenho um filho de nove anos, e nessa campanha de Facebook, será uma das campanhas mais sujas e baixas da cidade. Nisso, meu filho vai ser exposto? Então é uma série de questões que você vai acumulando e não se trata de uma única coisa objetiva. Outra coisa é que, numa campanha eleitoral, você tem que estar nem animado, motivado, mas eu estou trocando essa motivação por ter um último ano de mandato em um ritmo alucinante, já que todos esses fatos econômicos que vem acontecendo no Brasil, atraso minha programação para o último ano, pois eram muitas dificuldades, sem a aprovação de emendas, emendas parlamentares que não saiam, Então temos um leque que situações para entregar nestes dez meses que restam. Acredito que vamos conseguir entregar 80% da “minha bíblia”, que é o compromisso de governo de 2012, levando em conta que atendemos situações que estavam fora dele, como ponte que cai, buracos que passam de 40 mil metros para 120 mil metros de afasto, enchentes, uma série de coisas que foram feitas. Então não é preciso ter lamentação por essa decisão.
Atos – Qual o peso dessa decisão em seu grupo político? Como foi recebida?
Marcondes – Eu tenho consciência dos limites de um homem ou uma mulher, em ser prefeito, os limites da vida, mas tem também consciência de que somos uma liderança na cidade, representamos um grupo. E um homem público não pode renunciar por questões pessoais. Estou então conversando com nosso grupo, mas com uma decisão tomada, bastante coerente, pois, como já disse, estou apenas renunciando a um direito constitucional de me candidatar novamente. Consequências vão aparecer, mas tenho um trabalho a fazer, contando com uma Câmara a qual sou grato, uma bela relação com entidades como o Judiciário, o Ministério Público, a Polícia Militar, com um novo comportamento político, de trabalho, e com meu grupo para decidir as medidas futuras.
Atos – O senhor pretende indicar alguma candidatura?
Marcondes – Vou responder isso de uma forma socióloga. Você sabe o porquê Lorena não teve nascimento de grandes lideranças? Por causa da corrupção. A corrupção pela qual viveu essa cidade afastou a sociedade civil de pôr a cara. Hoje, um homem de bem diz: “eu vou me meter nisso?” É um processo de anos, décadas, que afasta o homem de bem da política. Por isso questiono se apareceu alguém. Dei um prazo até o dia 10 de março para que, se surgir um nome, vamos analisar. Por isso tomei essa decisão agora e não no dia 2 de abril, quando se começa a campanha, pois estaria sendo egoísta e errado com o grupo de me apoia. Só que da minha parte, vou ter algumas restrições, até porque vou manter o ritmo dessa administração e no que sobrar de tempo, participar da campanha.
Atos – E o que pretende colocar em prática até dezembro?
Marcondes – São várias ações. Vamos calçar 70% do Parque Rodovia, temos que fechar agora emendas parlamentares vinculantes, que tem que sair até abril. Iniciar o calçamento da Vila Rica, seguir trabalhando com a situação das enchentes, entregar até 20 de abril o Mercadão, revitalizar a lagoa do Mondesir, que já tem verba praticamente acertada, a iluminação do próprio Parque Mondesir, do Novo Horizonte e Parque Rodovia, acelerar o processo de troca das lâmpadas da cidade com a CIP (Contribuição de Iluminação Pública), estamos estudando uma reforma na Praça Principal de Lorena, revitalizá-la com recuperação do sistema de águas pluviais e a iluminação, fazer uma fonte nova, um coreto novo, ou seja, muitas coisas planejadas e outras que não estão, mas sabemos que podem acontecer e temos que solucionar até o último dia, pois não sou homem de entregar abacaxi para outro, entregar uma cidade quebrada, como eu peguei. Quem ganhar a eleição vai pegar a Prefeitura funcionando.
A polícia federal tem que investigar este cidadão pois o vice do mesmo decretou falência.o jc supermercado. Tem que investigar todos os contratos e licitações pois em Lorena foi comprado caminhonete hilux pro trânsito sem necessidade e pintado prédios públicos só para propaganda! Pq não foi feito um pat novo e um novo canil! Vergonha pra Lorena ter administração que só pensa em si mesmo!
Moro na rua Geraldo de Paulo Aquino faz 40 anos e calçamento até hoje nada porque só responde isto só
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